quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

Bolo de limão



Bolo de limão






Ingredientes para o bolo

5 ovos
2 colheres de sopa de manteiga
230 g de açúcar
250 g de farinha com fermento
Raspas e sumo de um limão
1 colher de chá de fermento em pó

Ingredientes para a cobertura 

5 colheres de sopa de açúcar em pó
Sumo  de  limão q.b.

Preparação do bolo

Junte a manteiga amolecida com o açúcar e as gemas e bata até obter uma gemada esbranquiçada.
Adicione as raspas e o sumo do limão e misture muito bem.
Bata as claras em castelo bem firme e adicione ao preparado anterior alternando com a farinha à qual foi adicionado o fermento em pó e peneirada.
Coloque o preparado numa forma com o formato a seu gosto untada com manteiga e polvilhada com farinha.
Leve a cozer em forno pré aquecido a 180º.

Preparação da cobertura

Numa taça coloque o açúcar e adicione o sumo de limão necessário para começar a dissolver o açúcar, mas sem ficar liquido. Deve ficar  com a consistência de uma pasta mole.

Depois do bolo complectamente frio, cubra com a cobertura e deixe secar.


domingo, 18 de janeiro de 2015

Piódão


Piódão 

.... e a Serra do Açor 





Piódão aldeia presépio anichada na encosta da Serra do Açor


Serra do Açor


Situada entre as serras da Estrela e da Lousã, e entre as bacias dos rios Ceira, a sul, e Alva a norte, a serra do Açor é um maciço xistoso implantado no prolongamento da cordilheira central Ibérica, cujo ponto mais alto é conhecido como Picoto do Piódão, atingindo a altitude de 1349 m. Em 1982, foi criada a Paisagem Protegida da Serra do Açor, com uma área de 346 ha, que abrange parte dos concelhos de Arganil e Pampilhosa da Serra. 
A Serra é marcada por uma topografia muito acidentada com abundantes cursos de água que acentuam a sucessão ondulante de montes.








 Na sua vegetação original,  predominava o carvalho em associação com outras espécies (medronheiros, loureiros, azereiros, etc...) como ainda se pode testemunhar na Mata da Margaça, área que, pela sua fidelidade à flora primitiva da serra, foi incluída na Reserva Biogenética Nacional. Aqui encontramos a urze, o azereiro, o aderno, a giesta e o rosmaninho.
A fauna é marcada por mamiferos de médio porte (javali e raposa) e pelo açor, ave de rapina que deu o nome à própria serra, pontuando ainda o gavião e a coruja-do-mato.
Característicos dos bosques temperados caducifólios são a salamandra - lusitânica e o lagarto-de-água. Ao nível geológico salienta-se a crista quartzítica do Fajão, arriba xistosa de acentuada verticalidade, que serve de local de nidificação a algumas espécies de aves.







A ocupação humana nesta paisagem agreste e de relevo acentuado caracterizou-se por uma agricultura de subsistência, com cultivo intenso das poucas zonas planas junto aos regatos e progressivo aproveitamento das encostas, através de socalcos, irrigados por caleiras de pedras que orientavam as águas pluviais e algumas nascentes de altitude.
Os laços de solidariedade criaram pequenas povoações, geralmente implantadas a meia encosta, cujas habitações, modestas e apertadas, separadas por minúsculas ruelas de traço labiríntico, utilizam sistematicamente o xisto, abundante na região. Na aldeia de Piódão todas as construções utilizam xisto.











No âmbito da renovação da serra e o seu aproveitamento turístico, foi possível  criar percursos pedestres, que seguem fielmente os antigos caminhos de terra que ligavam as várias aldeias da serra. O mais conhecido é o que coloca em contacto Piódão e dois locais destinados por Foz d'Égua e Chãs d'Égua, que, como outros percursos igualmente assinalados, permitem um turismo natural diversificado e devidamente orientado por guias.


 



A giesta é responsável pela  enorme mancha amarela que cobre a serra do Açor.








Piódão



Situada no fundo do vale do rio Piódão, no sopé do Alto de São Pedro do Açor, na Serra do Açor foi classificada Imóvel de Interesse Público.

Não é possível determinar quando é que este local começou a ser habitado. Sabe-se no entanto que a povoação já existia no Século XIV, época em que aqui se refugiou D. Diogo Lopes Pacheco, um dos algozes de D. Inês de castro, que assim escapou à perseguição de D. Pedro I. Abandonada ao longo deste século por grande parte da sua população, a aldeia tem conhecido nos últimos anos algum progresso trazido pela exploração turística. 







O aglomerado dispõe-se pela encosta, num anfiteatro que tem como base a ampla praça onde se ergue a igreja matriz. Deste largo partem caminhos estreitos que sobem pela encosta, por onde se concentra o casario, e que se interligam por vielas que parecem seguir as curvas de nível da vertente. Os caminhos frequentemente servidos por escadinhas e interrompidos por becos, são pavimentados com lages de xisto, o mesmo material com que as casas da aldeia foram construídas. A constante presença deste material constitui aliás, a maior originalidade desta aldeia. 



 



As casas que maioritariamente ainda mantêm a sua tradicional cobertura de lousa, estão divididas internamente por pranchas de madeira de castanho. Quase todas têm três pisos na frontaria e um ou dois no alçado posterior, estando o rés-do-chão reservado a funções relacionadas com a lavoura. 
O azul é dominante nas portas e janelas.
Segundo reza a lenda local, o motivo deve-se ao facto de a única loja que abastecia a aldeia só ter tinta dessa cor à venda, e como o povoado era isolado as pessoas não tinham meios de se deslocarem a outro local para comprarem outra tinta.














Igreja de Nossa Senhora da Conceição (matriz de Podridão)



Esta igreja pintada de azul e branco, destaca-se do resto do casario da aldeia pelas suas características.

"Conta-se que um dia os habitantes juntaram todo o ouro disponível e mandaram um velho pastor pedir ao Bispo de Coimbra autorização para construir a igreja. Perante tão dispendiosa solicitação, preparava-se o Bispo para recusar o pedido, quando o velho pastor, abrindo o seu barrete serrano, lhe mostrou as luzidias moedas de ouro necessárias a tal empreitada."


 foi fundada no século XVII e ampliada  nos finais do século seguinte.
No final do séc. XIX, por ameaçar ruir, a frontaria foi refeita segundo o desenho de um padre local.








Capela de São Pedro


Construída no século XVI, no seu interior está a imagem de São Pedro, padroeiro do Piódão, e em honra do qual se fazem, todos os 29 de Junho, as festas anuais da aldeia.

Para a visitarmos é necessário subir as ruas estreitas até ao topo da aldeia.  Por cima da  porta principal encontra-se uma placa de xisto onde se pode ler:

São Pedro o bom amigo
Do Piódão Padroeiro
Ajudai-o cá na terra
Que lá no céu é porteiro


E para bom entendedor ....


























E por aqui, a tradição ainda é o que era...
Por cima das portas, encontam-se pequenas cruzes  e símbolos, feitos de ramos de oliveira, alecrim e louro que, no domingo de Ramos, a população leva à igreja para serem benzidos e que, acreditam, invocam Santa Bárbara, protegendo as casas das trovoadas. 








































Fonte dos Algares




































































Artesanato à venda na praça principal de Piódão!











Actuação do Grupo Folclórico da Região de Arganil na praça de Piódão.




















































































Notas:

Como chegar

A única maneira de chegar ao Piódão é de carro. Não existem autocarros, não tem aeroporto nem estação de comboios e situa-se no interior do país, por isso não tem porto.
Para chegar ao Piódão vindo de Lisboa (a 296km) ou do Porto(a 199km) siga pela A1 e na saída de Coimbra Norte apanhe o IP3 (sentido Viseu). Deste saia para o IC6 (sentido Arganil/Covilhã/Oliveira do Hospital) e quando este terminar, continue pela N17. Uma vez na N17 tem várias opções: 

- Ir até Arganil e seguir as indicações até ao Piódão. 
- Ir até Coja e seguir as indicações até ao Piódão. 
- Sair da N17 em Vendas de Galizes, e apanhar a N 230 (sentido Covilhã). Ao chegar à Ponte das Três Entradas, corte à direita e siga pela estrada Municipal 508. Passe por Aldeia das Dez, Goulinho, Vale de Maceira - Santuário de Nossa Senhora das Preces. Depois de atravessar Vale de Maceira siga pela via da direita, a subir, e faça um percurso de 13 Km que o leva ao Piódão.



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