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domingo, 29 de junho de 2014

Castelo de Neuschwanstein

Castelo de Neuschwanstein

(Alemanha)

 

Schloss Neuschwanstein que significa “Novo Cisne de Pedra”,é um castelo de conto de fadas que inspirou Walt Disney na construção do castelo da Cinderela na Disneylândia! 
Com o lago dos cisnes a seus pés e os Alpes em pano de fundo, este castelo faz-nos sonhar...




Situado no cimo de um rochedo íngreme, sobranceiro ao Alpsee e às águas caudalosas da garganta do Pollat, o Palácio de Neuschwanstein foi mandado erguer por Luís II entre 1869 e 1886, esbelto e majestoso, de torres e ameias pontiagudas, um sonho feito pedra.

 Eduard Riedel, o cenógrafo Christian Jank e Georg Dollmann desenharam as plantas e os alçados. A 13 de Maio de 1868, o rei então com 23 anos, escrevia a Richard Wagner:

" É minha intenção mandar reconstruir de raiz a velha ruína do Castelo de Hohenschwangau, perto da garganta do Pollat, no estilo genuíno dos antigos castelos feudais alemães...  O local é um dos mais belos que se poderiam encontrar..."



O castelo com o seu edificio residencial de cinco andares em estilo romantico, segundo o modelo de Wartburg, incorpora hoje, com as suas multiplas evocações dos cenários de Richard Wagner, o conceito de um castelo medieval romantico.
Lohengrin e Tannhauser, os mestres cantores, o Graal de Percival, em suma, as personagens, os heróis e as lendas alemãs da idade média renascem aqui de forma singular. 


Mas antes de começarmos a visita, vamos conhecer um pouca da vida do rei excêntrico que mandou construir este magnifico castelo de contos de fadas... Luís II da Baviera








Luís II da Baviera


Filho do Rei Maximiliano II da Baviera, Luís II (1845-1886) sucedeu a seu pai no trono em 1864, tinha então 18 anos. O seu modo de vida invulgar e o arrebatamento apaixonado com que se dedicou à construção de palácios levaram a que o belo e solitário monarca ficasse conhecido na história como o "rei de conto de fadas".
Ainda na qualidade de príncipe herdeiro, deixou-se enfeitiçar pelos dramas musicais de Richard Wagner, de quem se tornou um fervoroso admirador depois de assistir à representação de "Lohengrin" no teatro da corte em 1861. A partir de então e ao longo de toda a sua vida, Luís II não mais deixaria de conceder o seu apoio mecénico ao compositor.

Imbuido dos ideais absolotistas, desencantado com a governação, o monarca foi-se afastando progressivamente de Munique e do seu quotidiano de mundanidade, que não apreciava, para procurar refúgio no "crepúsculo dos deuses da sublime solidão da montanha", como ele próprio escreveu.

Aí, concebeu um paraíso à sua dimensão, que povoou com os seus ideais,  tornando-se o proprietário e verdadeiro criador de palácios de sonho:  Neuschwanstein, Linderhof e Herrenchiemsee.

Até à data da sua trágica morte,  a 13 de Junho de 1886, nas margens do lago Starnberg, Luís II revelou-se infatigável na busca incessante da ilusão perfeita.  

Em 1865, Ferdinand Von Piloty pintou aquele que será porventura o retrato mais conhecido do monarca, em uniforme de general e com o manto da coroação. Tinha então 20 anos.









Entrada principal do castelo!






O Átrio

Cenas da versão mais antiga da lenda de Siegfried ornamentam as paredes do átrio que dá acesso aos aposentos reais. À esquerda da foto: "Regin forja a espada Gram para Sigurd". O portal de mármore conduz à sala do Trono. 








A sala do Trono


A sala do Trono, de marmore, foi concebida como a sala do Santo Graal de Percival. Eduard Ille e Julius Hofmann foram os autores dos projectos para esta sala em sumptuoso estilo bizantino.
Inspirado na Hagia Sophia (sagrada sabedoria) de constantinopla, é constituida por dois pisos e ladeada a todo o comprimento por fileiras de de colunas imitando pórfiro e também lápis-lazúli de estuque, ficou concluída em 1886, o ano da morte de Luís II. 
Desemboca no semicírculo de uma abside dourada. Emoldurados por representações dos doze apóstolos, nove degraus de mármore branco de carrara conduzem ao estrado reservado ao trono de ouro e marfim, que, no entanto nunca chegou a ser ali colocado.







A varanda



A varanda, virada a oeste, a que a sala do Trono dá acesso, proporciona uma vista deslumbrante sobre a paisagem de montanhas e lagos da baviera.

Incrustado nas colinas verdejantes em redor do Palácio de Hohenschwangau, o Alpsee, com as suas águas azuis escuras, atrás a imponente cadeia montanhosa constituída pelos montes Fussen e Tanheim.






O Oratório

Contigua ao quarto, com o qual comunica, fica a pequena capela de Luís da Baviera, consagrada ao santo onomástico do monarca, São Luís ou Luís IX de França.
O retábulo de  paineis ricamente esculpido em madeira está embutido na abóbada em ogiva pintada.
A imagem do painel central do altar, da autoria de W.Hauschild, representa São Luís. O vitral da parede lateral, "São Luís recebendo a Extrema-Unção", foi produzido nos ateliers da corte da Baviera.






O Gabinete de trabalho

O Gabinete de trabalho do rei, de estilo romântico, está impregnado de múltiplas evocações da história e dos mitos do Castelo Wartburg. As pinturas de Josef Aigner sobre gobelino,   embutidas em painéis de carvalho finamente cinzelados, inspiram-se em motivos da lenda de Tannhauser e do torneio de menestréis no cadelona de Warburg. 







O Quarto do Rei

O Quarto do Rei ostenta uma profusão de trabalhos em talha adornados. Constituindo uma excepção ao estilo romântico dominante, esta dependência do palácio está impregnada do espírito neogótico.
Catorze marceneiros  terão trabalhado na obra ao longo de quatro anos e meio.
O leito do monarca é adornado pela mais preciosa filigrana. A decoração fugurativa do espaço mostra cenas da história de Tristão e Isolda, cuja dramatização musical de Richard Wagner impressionou profundamente o jovem rei. A estreia da ópera realizou-se em 1865 em Munique, na presença de Luís II.
Sobre o avatório "Tristão e Isolda no jardim do castelo da Cornualha", à direita, sobre o leito "tristão despede-se de Isolda".
O lavatório estava equipado com água corrente, proveniente de uma fonte situada acima do palácio.
A janela da varanda proporcionava uma vista deslumbrante sobre a paisagem, simultaneamente romântica e selvagem, da garganta do pollat, com uma cascata de 45 metros de altura.






"Tristão despede-se de Isolda"- Quarto do Rei






A sala das refeições


A sala das refeições está revestida por painéis de carvalho e pinturas de Ferdinand Von Piloty Aigner, evocando imagens de trovadores e cenas do Castelo de Wartburg, na época lendária em que mestres cantores competiam entre si, por volta de 1207.

O centro de mesa de bronze revestido a ouro, com mais de um metro de altura, representa o "combate de Siegfried com o dragão" e foi oferecido a Luís II por artistas de Munique.  








O quarto de vestir

O quarto de vestir está revestido de simples painéis de carvalho, abrindo-se em trompe l'oeil para uma latada estilizada.
Os murais representam cenas da vida e da obra poética de Walther von Vogelweide de Hans Sachs. Depois das evocações de "Siegfried", no átrio, e dos motivos alusivos a "Tristão", no quarto do rei, surgem agora cenas diversas do universo dos "Mestres Cantores". As pinturas são da autoria de Eduard Ille, discipolo de Moritz von Schind.
Por cima da mesa de toilette, enfeitada com um conjunto de majólica de Mettlach com a chancela Villeroy e Boch. Na mesinha está o cofre das jóias do rei.






Numa das paredes do quarto de vestir encontra-se esta ilustração do famoso poema de Walther von der Vogelweide "Unter der Linden..." (Debaixo da Tílias).





A sala do Rei


A sala do Rei, magnificamente decorada e provida de uma sacada, designada "Schwaneneck" (Recanto do cisne), é em termos figurativos, toda ela dedicada a Lohengrin, a figura do cavaleiro do cisne, tão representativa para Luís II.
As grandes pinturas murais, da autoria de Hauschild e Von Heckel, reproduzem cenas da lenda heroica de Lohengrin, como "O milagre do Graal" e "A chegada de Lohengrin a Antuérpia"
O motivo do cisne está também presente na talha dos paineis e nos bordados a fio de ouro dos estofos de seda e dos reposteiros.







A Cozinha

Conservada na integra, a cozinha do palácio fascina não só pela funcionalidade, mas também, atendendo à época, pela grande modernidade do seu equipamento, nomeadamente as condutas de água corrente quente e fria e os espetos rotativos automáticos.










Ponte Marienbrucke

A vista que se obtém sobre a ponte Marienbrucke a partir da garganta do Pollat é o exemplo pradigmatico do cenário simultâneamente romântico e selvagem constituído  pelas imponentes montanhas que circundam o palácio.
Esta ponte suspensa, mais antiga que Neuschwanstein ultrapassa com os seus 92 metros de altura, a cascata de 45 metros do desfiladeiro. A antiga pequena ponte de madeira. que foi substituída el 1866 pela actual construção de ferro, recebeu o nome da mãe de Luís II, a rainha Marie, uma princesa Prussiana.



































Junto ao palácio de Neuschwanstein encontra-se o palácio de Hohenschwangau, que pode ser observado dos jardins de Neuschwanstein.









Como chegar...

Aproveitámos a nossa estadia em Munique, para visitarmos o Castelo de Neuschwanstein. O percurso foi efectuado de carro, mas também pode optar pelo comboio!

Se optar pelo comboio, a ligação é feita entre Munique e Füssen, depois tem de apanhar um autocarro até Hohenschwangau. São cerca de 2:00 horas de comboio mais 10:00 minutos de autocarro até ao centro de Hohenschwangau.

A viagem de carro ( 127  km) demora cerca de 2:00 horas (respeitando os limites de velocidade)!

Quando chegar a  Hohenschwangau, repare bem nas placas de sinalização, pois vão fazer-lhe poupar imenso tempo! Está tudo muito bem sinalizado,  os parques de estacionamento, o acesso aos castelos, o Ticket Center, o autocarro que faz o acesso ao castelo de Neuschwanstein, etc...
 

(mapa Michelin)




Ingressos:

Os ingressos para o palácio de Neuschwanstein são vendidos exclusivamente no Tickt Center Hohenschangau.



 Notas:


- Quer chegue de carro ou de autocarro, encontra placas a sinalizarem a direcção do Tickt Center.
Os bilhetes têm marcada a hora da visita (que tem de ser cumprida) por isso assim que comprar o bilhete dirija-se para o palácio...

- Uma caminhada até ao palácio implica boa forma fisica, pode subir de  autocarro (1.80 € para subir e 1.00 € para descer.
O bilhete de autocarro é comprado no local de embarque e está devidamente assinalado!

- Os animais não podem entrar no palácio.

- Sacos grandes e malas grandes não são aceites no bengaleiro.

- Os dificientes em cadeiras de rodas devem fazer marcação antecipada



Onde dormir


Se quiser pernoitar na região, aconselho uma Gasthof, são bastante económicas, normalmente geridas por famílias que exploram um restaurante na parte inferior da casa e alugam quartos na parte superior. O valor do Alojamento com pequeno almoço incluído, tem preços muito convidativos!