Óbidos Vila Natal
Este ano o dia de Natal foi passado em Óbidos. Depois de muito se falar na comunicação social sobre a "Vila Natal, a família foi unânime na escolha. Já visitámos Óbidos várias vezes, mas nunca nesta altura do ano.
No dia 25 de Dezembro os portões do castelo só abriram às 16:00 horas para encerrarem às 20:00 horas, parece que a Vila-Natal está praticamente encerrada no Natal, o que não deixa de ser interessante. Mas vamos falar um pouco desta "Vila Natal", e do seu "mundo mágico" tão badalado pela comunicação social...
Logo que passamos o portão do Castelo vários "Robin dos Bosques" com aves acorrentadas incentivam os visitantes à foto paga! Mais uns passos, encontramos várias barraquinhas de comida e artesanato (a preços inflacionados), num espaço mais elevado encontramos uma pequena casinha à moda de "Bilbo Baggins" que dizem ser a casa do Pai Natal. Por sinal, o Pai Natal na noite de consoada bebeu mais do que devia e estava delirante, o que provocou o desagrado de algumas pessoas que passaram muito tempo na fila com crianças!
Se as expectativas eram muitas, a desilusão foi muito maior. A Vila Natal pouco tem de Natal...
À noite, o recinto não está devidamente iluminado, e os candeeiros em forma de chupa-chupa são a única coisa que ainda dá algum colorido à vila. Sinceramente duvido que quem pagou 6,00 € por bilhete e passou mais de 4 horas na fila para entrar consiga sair satisfeito da Vila Natal.
A roda, o carrossel, a pista de gelo e todas as atracções que se encontra no recinto, não estão incluídas no preço do bilhete e são pagas à parte.
Resumindo, a vila-Natal é uma profunda desilusão, com excepção dos espectáculos de marionetas e de magia!
O facto desta iniciativa ser um fiasco total, não invalida que Óbidos perca o seu encanto...
Porta da Vila
Entrada principal da Vila, é encimada pela inscrição - «A Virgem
Nossa Senhora foi concebida sem pecado original» - mandada colocar pelo
Rei D. João IV, em agradecimento pela protecção da Padroeira aquando da
Restauração da Independência em 1640. No seu interior encontra-se a
capela-oratório de Nossa Senhora da Piedade, Padroeira da Vila, com
varandim barroco e azulejos azuis e brancos (c.1740-1750) com motivos
alegóricos à Paixão de Cristo, representando a Agonia de Jesus no Horto e
a Prisão de Jesus.
Pelourinho e Telheiro
Telheiro
Situado na Praça de Santa Maria, junto ao Pelourinho, serviu de mercado da Vila até ao início do século XX.
Pelourinho
Coluna de pedra, símbolo do poder
Municipal, apresenta as armas reais e o camaroeiro símbolo da Rainha D.
Leonor. Encontra-se por cima do chafariz da Praça de Santa Maria, mas
deverá ter estado frente à Casa da Câmara (antigamente junto à Igreja de
Santa Maria).
Igreja de São Pedro
De fundação Medieval, da sua construção inicial
conserva apenas os vestígios do antigo portal gótico na fachada. Foi
reformada na segunda metade do século XVI, como outras igrejas da Vila,
de que subsistem o portal principal classicizante, a capela baptismal à
entrada do lado do Evangelho, coberta por uma pequena cúpula reticulada
assente sobre trompas concheadas, e a escada helicoidal da torre
sineira. Muito afectada pelo terramoto de 1755, destaca-se no seu
interior, de nave única, o magnífico retábulo barroco de talha dourada
do período joanino. A antiga pintura da tribuna do retábulo - S. Pedro a
receber de Cristo as chaves do Céu - de finais do século XVII ou
princípios do XVIII (Sérgio Gorjão, 2000), encontra-se actualmente na
parede do lado da Epístola. Nesta igreja foi sepultada a pintora Josefa
de Óbidos (1630-1684) e o Padre Francisco Rafael da Silveira Malhão
(1794-1860), este com lápide evocativa na capela-mor.
Presépio na Praça da Igreja Matriz.
Igreja de Santa Maria
Igreja matriz, localizada na praça do mesmo nome, é o principal
templo de Óbidos. Embora a tradição faça remontar a sua fundação ao
período visigótico, transformada em mesquita no período muçulmano e
novamente sagrada por D. Afonso Henriques logo após a conquista da Vila
em 1148, o facto de se encontrar fora da primitiva cerca muralhada
parece contrariar esta hipótese. Não se conhecendo a data exacta da
fundação, é um facto que o priorado da nova igreja foi entregue a S.
Teotónio, companheiro de D. Afonso Henriques, grande figura da Igreja e
prior do poderoso Mosteiro de Santa Cruz de Coimbra, que teve o padroado
da Igreja de Santa Maria até D. João III o ter doado a sua mulher, a
Rainha D. Catarina de Áustria. Foi também sede de uma colegiada
(comunidade formada por prior e oito beneficiados), suprimida pela
legislação liberal em meados do século XIX.
O templo medieval foi profundamente reformado pela Rainha D. Leonor
em finais do século XV, arrastando-se as obras pelo primeiro quartel do
século XVI. Data desta campanha a torre sineira, adossada à fachada e
coberta por coruchéu piramidal de oitavado.
Castelo
Atribui-se ao Castelo de Óbidos origem romana,
provavelmente assente num castro. Foi posteriormente fortificação sob o
domínio árabe. Depois de conquistado pelos cristãos (1148) foi várias
vezes reparado e ampliado. No reinado de D. Manuel I, o seu alcaide
manda construir um paço e alterar algumas partes do castelo. No Paço dos
Alcaides salientam-se as janelas de belo recorte manuelino abertas para
o interior do pátio. São ainda do seu tempo a chaminé existente na sala
principal e o portal encimado pelas armas reais e da família Noronha,
ladeado por duas esferas armilares. O Paço sofreu fortes danos com o
terramoto de 1755. No século XX estava em total ruína tendo sido
recuperado para instalar a Pousada (a primeira pousada do Estado em
edifício histórico).
A Encosta do Pai Natal, com a respectiva casa.
Guarda chuvas e chapéus com pernas, enfeitam as árvores do recinto!
Vazio cheio de Luz
Caixa de sombras feita por crianças da escola com materiais reciclados.
Nem o símbolo do evento teve direito a iluminação... |
Pinturas faciais em crianças.
Labirinto da Ilusão
Espectáculo de magia
Espectáculos de marionetas
Rua Direita - Rua Principal
Conhecida
com esta designação já no séc. XIV, liga a porta da Vila ao Paço dos
Alcaides. Nos séculos XVI e XVII a rua Direita sofreu importantes
transformações, ficando ocultados alguns dos antigos portais góticos das
casas.
Na saída da vila um "fantasma" deseja-nos boas festas! ;)
Dicas
Óbidos goza de uma localização privilegiada estando localizada a cerca de 80 quilómetros a norte de Lisboa.
Como chegar:
Por automóvel – Em direcção Lisboa – Leiria, tome a A8 e deixe a auto-estrada na saída 15. O tempo de viagem demora cerca de 40 a 50 minutos.
De Santarém tome a Auto-estrada A15.
Do Porto, tome a A1 até Leiria. Em Leiria tome a A8.
Chegando
a Óbidos, existem Parques de Estacionamento, devidamente assinalados na
parte exterior do Centro Histórico. Dois destes Parques são pagos
(parques asfaltados junto ao Posto de Turismo). Existe igualmente um
Parque adicional para Auto-caravanas (também pago).
Posto de Turismo
O
Posto de Turismo de Óbidos encontra-se junto ao Parque de
Estacionamento principal, a cerca de 200 metros da entrada da vila de
Óbidos.