terça-feira, 26 de janeiro de 2016

Canja de galinha do campo




Canja de galinha do campo











Ingredientes

1/2 galinha do campo
Linguiça Alentejana q.b.
1 raminho de salsa
Sal q.b.
Hortelã q.b.
1  cebola média
1 pacote pequeno de massa pevide












Preparação

Parta a galinha em pedaços e coloque-a numa panela de barro, com uma cebola, um raminho de salsa e a linguiça às rodelinhas. Coloque água até cobrir os ingredientes e tempere de sal.
Deixe a galinha cozer lentamente em lume de chão.
Quando a galinha estiver cozida retire a carne e a cebola e reserve. Coloque a massa  e deixe cozer.
Entretanto desfie a carne, aproveitando os ovinhos que se encontravam no interior da galinha. Logo que a massa esteja cozida, adicione a carne e um ramo de hortelã.
Coloque a canja numa tigela de barro e sirva de imediato.








Sirva bem quentinha!








Uma sugestão para aproveitar a sua lareira no inverno!
Se não tiver lareira, pode fazer a receita no fogão, numa panela normal!

Bom apetite!





domingo, 17 de janeiro de 2016

Flor de esteva




Flor de esteva

(Alentejo)


Esta é uma das minhas flores favoritas. Apesar de ter uma vida curta, a flor de esteva perfuma e embeleza os campos. Se a colhermos ela morre de imediato e as suas pétalas caem, por isso nada melhor que fotografa-las e fazer com que a sua beleza dure infinitamente....






Esta bela flor silvestre com cinco pétalas nasce nos campos e dura apenas dois ou três dias ...se a colhermos morre, só a natureza tem o poder de a manter viva!
Diz a lenda popular que as marcas vermelhas nas pétalas correspondem às cinco chagas de Cristo.






Conseguimos encontrar as estevas praticamente em todo o o país.
Apesar da sua beleza natural, a esteva é considerada uma praga para os agricultores, pois cresce por todo o lado infestando os terrenos.
No entanto no Alentejo dão-lhe alguma utilidade.
A rama da esteva depois de seca é utilizada para acender a lareira. Tem uma combustão muito fácil e rápida.
As pétalas são utilizadas para fazer chá para curar a diarreia e acalmar as dores de estômago.
A rama também é utilizada para fazer chá, para reduzir o ácido úrico, e em lavagem é utilizada contra a queda do cabelo e para o tratamento das hemorróidas.
As sementes são um desparasitante natural eliminando as lombrigas.





quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

Lello - A livraria mais bela do mundo é Portuguesa




Lello 

A livraria mais bela do mundo é Portuguesa 


Na Rua das Carmelitas nº 144 na cidade do Porto, encontra-se a livraria Lello, classificada como património histórico da cidade desde 2013, eleita a terceira mais bela do mundo pelo jornal britânico The Guardian em 2008, eleita uma das mais "cool" do mundo em 2015 pelo Time e finalmente eleita a mais bela livraria do mundo pela CNN.

A 13 de Janeiro de 1906 os irmãos Lello inauguraram a livraria, nunca supondo que viria a ser uma das grandes atracções da cidade do Porto, sendo visitada anualmente por milhares de turistas, que se deslumbram com a sua beleza.







O  edifício em que se encontra foi construído pelo Engenheiro Xavier Esteves, com uma belíssima fachada Arte Nova, no entanto a imagem de marca da livraria,  é a impressionante escadaria vermelha no seu interior, envolta em livros descrita pelo Time como "Um dragão literário". Mas foi A escritora J.K. Rowlin que morou na cidade do Porto que a tornou mundialmente conhecida nos seus livros do Harry Potter, pois foram a inspiração das escadas de Hogwarts.










terça-feira, 12 de janeiro de 2016

Alentejo



Alentejo



O prazer ancestral de beber água pelo Cocho ( Cocharro ) de cortiça


O cocho ou cocharro (dependendo das zonas do Alentejo) é um objecto feito em cortiça que serve para beber água.
Antigamente era um objecto comum e podia ser encontrado em todas as casas Alentejanas. Não existia poço ou fonte que não tivesse um cocho para se beber água. No trabalho do campo, a água era transportada pela aguadeira/o em cântaros de barro e distribuída aos trabalhadores num cocho de cortiça.

Entre os populares existia a crença que todos podiam beber água pelo mesmo cocho que as doenças não se transmitiam.

Ao contrário do que parece, fazer um cocho não é tarefa fácil, exige muita sabedoria e alguma paciência. Antigamente era um trabalho efectuado por pastores e vaqueiros que guardavam os seus rebanhos e tinham muito tempo para se dedicarem a estas tarefas, esculpindo a cortiça com a mesma navalha que cortava o pão e a linguiça para o lanche.
A sabedoria começa na escolha da matéria prima, pois só é possível esculpir um cocho com uma parte da cortiça que tenha um nó. Depois as mãos hábeis dos artesãos dão-lhe a forma característica.






Foi em Santa Sofia, uma pequena aldeia Alentejana entre Évora e Montemor-o-Novo, que encontrei esta fonte ainda com o tradicional cocho de cortiça.
Quem por ali passar pode apaziguar a sede e descansar junto à fonte, desfrutando da calma e beleza do local.












Mas apesar dos tempos modernos e da existência de água canalizada, muitos Alentejanos recusam perder a sua identidade e as  tradições herdadas dos seus antepassados e continuam a ter os seus cochos de cortiça pendurados junto às torneiras das suas casas.






Cada vez é mais difícil encontrar cochos como antigamente, embora ainda vão aparecendo em feiras de artesanato, um pouco mais refinados, destinados mais à decoração do que propriamente à sua função inicial.






Beber água por um cocho é um prazer indescritível!

Que as memórias não se apaguem!
Que a tradição de um povo não se perca!

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