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domingo, 3 de maio de 2015

Zaanse Schans


Zaanse Schans


Zaanse Schans é o coração turístico da região de Zaan na Holanda.
Este museu ao ar livre, criado em 1960, tem casas moinhos e edifícios típicos de Zaan.





Quando está vento podemos ver à medida que nos aproximamos, os moinhos em funcionamento! Todas as casas da região são de madeira, já que as casas de alvenaria se afundariam na terra de turfa mole. Além disso na altura da construção existiam muitas serrações e muita madeira, o que facilitava a sua construção.
 




 À entrada encontram-se painéis informativos da região, que ajudam bastante a optimizar o tempo disponível!







Moinhos

Desde o século XIII, os moinhos são uma parte inseparável da paisagem da Holanda. Foram usados para vários fins, incluindo a moagem de cereais, a extracção de óleo e a serração de madeira. Umas das funções mais importantes dos moinhos holandeses, era drenarem a terra  a terra e estenderem a linha de costa criando uma terra fertil de cultivo chamáda pólder.






Os moinhos são compostos por uma torre fixa e um capelo com as velas. O capelo pode ser rodado  para que as velas estejam viradas para o vento.







Veja o pequeno vídeo com os moinhos de Zaanse Schans:





De  Zaansche Molen

De cerca de 1 000 moinhos de vento que fizeram da zona de Zaandam a zona industrial mais antiga do mundo, em 1920 só restavam vinte.

Em 1925 foi fundada a associação “De Zaansche Molen” que hoje em dia tem uma dezena de moinhos em ótimo estado a funcionar com regularidade.

Além disso foi fundado em 1928  um museu de moinhos “Molenmuseum”, que é único no mundo e  onde se pode saber tudo sobre a história da industria dos moinhos.











Het Jonce Schaap

(O Carneiro jovem)

De topo giratório este moinho de serrar madeira no Kalverringdijk,  é a nova aquisição da associação. Este moinho do então Westerzijderveld foi demolido em 1942. Através dos desenhos do perito de moinhos Anton Sipman (1906-1985), e com a ajuda das novas tecnologias informáticas, conseguiu-se fazer uma reprodução exacta.

A primeira estaca foi colocada em 24 de Setembro de 2005 depois de muitos anos de estudo e programação. No dia 27 de Setembro de 2007, precisamente 2 anos depois, o moinho abriu as portas ao público.

Serrar madeira pela força do vento é uma inovação de Cornelis Cornelisz de Uitgeet. Ele construiu um eixo de manivela para o impulso das serras em caixilhos. O primeiro moinho de serrar madeira, um modelo pequeno, tinha o nome de “A Menina” e foi transportado numa jangada para  Zaandam.

Existem dois tipos de moinhos de serrar madeira. Um  produzia um tipo de madeira fina de carvalho, uma madeira  de qualidade  que era utilizada no revestimento dos barcos. O outro, era um serrador de barrotes servia  só para serrar barrotes em tábuas, portanto um trabalho mais grosso.







Este moinho tem um topo giratório. Só o topo é exposto ao vento com a ajuda de uma roda especial, fixada em baixo no apoio.

O movimento horizontal rotativo das velas é convertido num movimento de cima para baixo em posição vertical para impulso das serras  e instrumentos na parte de baixo do moinho. À volta da roda de cima encontra um freio (vang) de madeira que serve para parar o moinho.

 






O moinho  Het Jonce Schaap  (O Carneiro jovem)   é utilizado para o corte de madeira. Assim que entramos no moinho somos atraídos pelo som do vai-vem das serras que num dos três imponentes caixilhos com que este moinho está equipado, cortam grandes troncos de madeira em tábuas. A grossura das tábuas depende do espaço entre as folhas da serra que se podem ajustar.










 Veja o pequeno vídeo:

 




 

Içar


Além da “serra em caixilhos” ainda existem mais ferramentas que funcionam  impulsionadas pelo vento. Uma das fantásticas construções é “Winerij”, parecido com uma serra circular, mas com funções diferentes, em termos de linguagem de moinho é designada por  “Krabbelrad” a roda de arranhar.

Esta roda é utilizada para impulsionar a “Windrij” e assim içarem os barrotes do chão ou da água. Esta roda também impulsiona “de zaagsleden” uma cremalheira de dentes faz com que os troncos sejam inseridos nestes caixilhos de serras.

Para içar os barrotes na serra de arranhar (Krabbelrad), gira-se devagar com a roda fazendo a guindalete enrolar-se à volta do rolo para rebocar o barrote de cima. Assim também os “Zaagsleden” (cremalheira de dentes) são empurrados para esta roda.











Moinho com manípulo de roda


No topo do moinho as rodas com dentes convertem a força do  vento em energia para o funcionamento dos “caixilhos”. A roda superior, põe o  manípulo da roda em movimento, através do eixo principal. Por sua vez a roda põe em movimento o eixo da manivela para os “caixilhos”.


Tripulação e produção


No auge da industrialização dos moinhos, existiam mais de 200 moinhos instalados na zona de Zaandam.

Com todas as condições favoráveis, conseguia-se serrar 20 troncos por dia.

A equipa de trabalho do moinho era composta normalmente por 5 trabalhadores que normalmente trabalhavam desde a madrugada até meio da noite.







Moinho de tinta  De Kat (O Gato)







G. Husslage, construtor de moinhos, edificou em 1959 a parte de cima e o engenho interior do moinho de tinta De Duinjager (O caçador das dunas) sobre a parte inferior do moinho de óleo De Kat. Os dois antigos restos de moinhos que datam de  por volta de 1780 começaram uma nova vida como De Kat, moinho de tinta.


Desde há dezenas de anos que recomeçou a produção e venda de tintas e pigmentos antigos. Este moinho talvez seja o último moinho de vento para produzir tinta existente no mundo. Aqui se concentra aquilo que um dia começou com 55 moinhos de tinta sob nomes famosos, tais como Pieter Schoen, Storm, Van Bentum e Kluyver, Heyme Vis, Kuyper, Pieter Latenstein Pz., Avis e outros. Eles davam cor ao nosso passado.











Tal como o moinho anterior, este também é  um moinho de vento típico  “holandês”, em que  só a cúpula com os braços é  posta ao vento por meio de uma roda por baixo  da viga da cauda.

O movimento giratório horizontal dos braços é convertido num movimento rotativo vertical pela roda superior e a roda horizontal superior para impulsionar o engenho na parte inferior do  moinho.

Na roda superior encontra-se o freio da roda, feito de madeira que serve para travar o moinho.


























 


 


Os moinhos de tinta davam cor à vida

A importância do rio De Zaan


O rio de Zaan, teve um papel muito importante para o desenvolvimento da região, pois foi  ao longo  das suas margens que os moradores que tinham enriquecido com o comércio e a pesca, construíram por volta de 1600 os  seus primeiros moinhos de vento. Inicialmente o vento era aplicado para drenar o excesso de água e, mais tarde, para criar uma zona industrial. Cevada, arroz, papel, madeira, Óleo alimentar, mostarda, tabaco, cânhamo e muitos outros produtos eram processados em 1 000 moinhos de vento na região de Zaan. A partir de 1850 as máquinas a vapor inundaram de fuligem esta bela região,  passando  a fazer o trabalho dos moinhos.


O vento

O vento é uma fonte de energia bastante inconstante, que faz com que os moinhos trabalhem (ou ás vezes fiquem parados). Porém para tal é preciso o trabalho do moleiro, que faz girar a cúpula de 15 toneladas de peso sobre o seu eixo para enfrentar o vento e também regula a velocidade do moinho com as velas e tabuleiros.


A cor


A cor, ou melhor o pigmento, é o produto elaborado por este moinho! A partir de 1600 eram importadas em grande escada diferentes variedades de madeiras tropicais para fazer tintas destinadas para colorir tecidos.

Os pesados pedaços de madeira com pigmento eram postos num grande túnel e reduzidos a lascas com buris. Depois as lascas eram moídas por mós de canto giratórias de 5000 a 7000 kg até ficarem em pó, e depois eram peneiradas numa peneira rotativa. O pós de pigmento eram postos em sacos ou barris e entregues ao cliente.

Pouco antes de 1700 os moleiros também começaram a transformar tintas da terra, cré e pós de afiar. As pedras molhadas que vinham das pedreiras tinham primeiro que secar em armazéns.

Só quando os pintores misturavam os pós de pigmento com por exemplo óleo de linhaça, é que obtinham a tinta.




De Zoeker

O moinho de óleo em Kalverringdijk







 
 A história do moinho de óleo de Zoeker remonta a Abril de 1676 quando recebeu o alvará de moagem. O moinho de óleo construído em Zaandijk caiu em desgraça com a chegada das fábricas a vapor. Em 1891 o moinho encontrava-se em más condições, o engenho interior desapareceu e o moinho foi transformado num moinho de tinta.

Em Fevereiro de 1925 o moinho foi gravemente danificado por um redemoinho, mas graças  a contribuições voluntárias o moinho foi reconstruído.

Em 1940 o moinho De Zoeker deixou de funcionar e em 1950 passou a pertencer ao município de Zaandijk.

A 1 de Agosto de 1968 o moinho foi transladado de uma forma espectacular de Guisveld em Zaandijk para o seu lugar actual em Zaanse Schans. Durante a transladação a torre do moinho foi elevada com uma grua enorme por cima da vedação do caminho-de-ferro. O moinho teve de deixar o seu lugar devido a novos projectos de construção.

Depois da deslocação o moinho de Zoeker foi concedido à Associação de Zaansche Molen.
















Mós de 2500 quilos

Nos moinhos de óleo saltam imediatamente à vista as colossais mós que imperturbavelmente dão as suas voltas e esmagam sob o seu peso os grãos e sementes oleaginosas. Como as mós estão colocadas verticalmente sobre o canto são logicamente chamadas mós de canto.

As duas mós de canto que juntas pesam cinco mil quilos, estão fixadas numa armação que é impulsionada pelo mecanismo do moinho. As mós de canto andam à roda em cima de uma pedra lisa, a mó inferior, que assenta sobre o assim chamado ”leito da morte”.

Como a mó inferior se desgastava rapidamente foi mais tarde substituída por uma placa de ferro fundido.

De vez em quando o moleiro põe uma nova pazada de produto de moagem sobre a mó inferior. Para evitar que o produto de moagem seja empurrado da mó mó inferior pelas mós de canto e caia no chão, rodam ao mesmo tempo as raspadeiras que seguram a massa esmagada debaixo das mós. Os lados das mós de canto são normalmente pintados de azul e branco. Estas cores eram usadas como medida de segurança para que assim à noite no moinho pouco iluminado, também se pudesse ver num relance de olhos que as mós estavam em andamento.

Depois dos grãos terem sido moídos pelas mós de canto, a farinha obtida é então aquecida. O aquecimento é feito em cima de um fogão de pedra aquecido com madeira, turfa ou briquetes. As sementes esmagadas são mexidas e  aquecidas em cima da placa de ferro do fogão. O pessoal do moinho também usava este fogão para manter o café aquecido ou para aquecer uma panela de sopa.

Prensar o óleo


As sementes aquecidas são colocadas em dois sacos de lã, feitos para este fim. A seguir os sacos levam umas batidas bastante fortes. Cada saco é posto num género de casaco à medida, feito de pelos de cavalo e pele. Este conjunto é posto numa gaveta de madeira (lagariça) para a seguir começar o trabalho de pilar. Com o pilão bate-se com muita força no almofariz o que através das peças de enchimento, pancada atrás de pancada vai comprimindo o saco para os lados e assim o óleo é espremido das sementes.

Depois do prensar, uma pancada do pistão do pilão sobre o pistão da lagariça é suficiente para tirar a pressão (de cerca de 250 atm) do bloco de prensar.

O pilar contínuo causava muito barulho nos moinhos. O pisar do pilão sobre a madeira provocava ao pessoal do moinho problemas auditivos. Este mal de profissão era chamado “surdez de pilar”.

Depois do óleo ter sido espremido das sementes, resta no saco um género de “bolo” sólido. Para que nada se deite fora, estes bolos são tirados dos sacos, pisados até ficarem em farinha, sendo novamente aquecida em cima do fogão e depois é posta mais uma vez num saco para um outro tratamento no pilão. Um trabalho intensivo, mas antigamente o salário dos moleiros era muito baixo e por isso esse tratamento extra chamado de  segunda prensa era lucrativo.


De óleo a bolos para animais


Depois os restos espremidos eram tirados dos sacos.

Antigamente quase nada se deitava fora, e se possível tudo era usado. Assim o bolo que ficava depois do segundo tratamento era vendido como ração para animais.

No “lugar dos bolos” os finos e longos bolos eram cuidadosamente cortados em bocados iguais com uma faca própria.




 




Pequena exposição sobre o fabrico de queijo e loja de venda.











Existem muitos moinhos em Zaanse Schans, alguns não estão abertos ao publico, mas é interessante passear pela região e desfrutar da magnifica paisagem.













 Galinhas e patos, passeiam-se livremente pelos campos de Zaanse Schans ...































 Zaanse Museum























Tentar comer com galinhas ao pé, pode não ser uma tarefa fácil! Veja o pequeno vídeo e divirta-se!




E nada melhor que acabar a visita numa das explanadas de Zaanse, dando o descanso merecido às pernas e carregando baterias para regressar ao hotel!









Informações úteis



Como chegar?

transportes públicos:

Calcule a sua rota:  AQUI 
Ficará a saber todos os transportes que tem de utilizar
do seu hotel até Zaanse Schans .

Cartão I amsterdam - city card

Se estiver em Amesterdão e comprar o  I amsterdam - city card, 
que na minha opinião compensa bastante, as entradas em Zaanse Schans 
em alguns moinhos, no museu e em varias outras atracções estão incluídas!

Hotel



A opção que escolhemos foi:

Hotel: Ibis budget Amesterdam Zaandam

De fácil acesso ao centro da cidade, tem preços bastante acessíveis,
e fica muito próximo de  Zaanse Schans, com autocarro directo 
que  sai junto do hotel e para à entrada de Zaanse Schans.