Zaanse Schans
Zaanse Schans é o coração turístico da região de Zaan na Holanda.
Este museu ao ar livre, criado em 1960, tem casas moinhos e edifícios típicos de Zaan.
Quando está vento podemos ver à medida que nos aproximamos, os moinhos em funcionamento! Todas as casas da região são de madeira, já que as casas de alvenaria se afundariam na terra de turfa mole. Além disso na altura da construção existiam muitas serrações e muita madeira, o que facilitava a sua construção.
À entrada encontram-se painéis informativos da região, que ajudam bastante a optimizar o tempo disponível!
Moinhos
Desde o século XIII, os moinhos são uma parte inseparável da paisagem da Holanda. Foram usados para vários fins, incluindo a moagem de cereais, a extracção de óleo e a serração de madeira. Umas das funções mais importantes dos moinhos holandeses, era drenarem a terra a terra e estenderem a linha de costa criando uma terra fertil de cultivo chamáda pólder.
Os moinhos são compostos por uma torre fixa e um capelo com as velas. O capelo pode ser rodado para que as velas estejam viradas para o vento.
Veja o pequeno vídeo com os moinhos de Zaanse Schans:
De Zaansche Molen
De cerca de 1 000 moinhos de vento que fizeram da zona de
Zaandam a zona industrial mais antiga do mundo, em 1920 só restavam vinte.
Em 1925 foi fundada a associação “De Zaansche Molen” que
hoje em dia tem uma dezena de moinhos em ótimo estado a funcionar com
regularidade.
Além disso foi fundado em 1928 um museu de moinhos “Molenmuseum”, que é
único no mundo e onde se pode saber tudo sobre a história da
industria dos moinhos.
Het Jonce Schaap
(O Carneiro jovem)
De topo giratório este moinho de serrar madeira no
Kalverringdijk, é a nova aquisição da
associação. Este moinho do então Westerzijderveld foi demolido em 1942. Através
dos desenhos do perito de moinhos Anton Sipman (1906-1985), e com a ajuda das
novas tecnologias informáticas, conseguiu-se fazer uma reprodução exacta.
A primeira estaca foi colocada em 24 de Setembro de 2005
depois de muitos anos de estudo e programação. No dia 27 de Setembro de 2007,
precisamente 2 anos depois, o moinho abriu as portas ao público.
Serrar madeira pela força do vento é uma inovação de
Cornelis Cornelisz de Uitgeet. Ele construiu um eixo de manivela para o impulso
das serras em caixilhos. O primeiro moinho de serrar madeira, um modelo
pequeno, tinha o nome de “A Menina” e foi transportado numa jangada para Zaandam.
Existem dois tipos de moinhos de serrar madeira. Um produzia um tipo de madeira fina de carvalho, uma madeira de qualidade que era
utilizada no revestimento dos barcos. O outro, era um serrador de barrotes servia só para serrar
barrotes em tábuas, portanto um trabalho mais grosso.
Este moinho tem um topo giratório. Só o topo é exposto ao
vento com a ajuda de uma roda especial, fixada em baixo no apoio.
O movimento horizontal rotativo das velas é convertido num
movimento de cima para baixo em posição vertical para impulso das serras e instrumentos na parte de baixo do moinho. À
volta da roda de cima encontra um freio (vang) de madeira que serve para parar
o moinho.
O moinho Het Jonce
Schaap (O Carneiro jovem) é utilizado para o
corte de madeira. Assim que entramos no moinho somos atraídos pelo som do
vai-vem das serras que num dos três imponentes caixilhos com que este moinho
está equipado, cortam grandes troncos de madeira em tábuas. A grossura das
tábuas depende do espaço entre as folhas da serra que se podem ajustar.
Veja o pequeno vídeo:
Içar
Além da “serra em caixilhos” ainda existem mais ferramentas
que funcionam impulsionadas pelo vento.
Uma das fantásticas construções é “Winerij”, parecido com uma serra circular,
mas com funções diferentes, em termos de linguagem de moinho é designada por “Krabbelrad” a roda de arranhar.
Esta roda é utilizada para impulsionar a “Windrij” e assim
içarem os barrotes do chão ou da água. Esta roda também impulsiona “de
zaagsleden” uma cremalheira de dentes faz com que os troncos sejam inseridos
nestes caixilhos de serras.
Para içar os barrotes na serra de arranhar (Krabbelrad),
gira-se devagar com a roda fazendo a guindalete enrolar-se à volta do rolo para
rebocar o barrote de cima. Assim também os “Zaagsleden” (cremalheira de dentes)
são empurrados para esta roda.
Moinho com manípulo de roda
No topo do moinho as rodas com dentes convertem a força
do vento em energia para o funcionamento
dos “caixilhos”. A roda superior, põe o
manípulo da roda em movimento, através do eixo principal. Por sua vez a
roda põe em movimento o eixo da manivela para os “caixilhos”.
Tripulação e produção
No auge da industrialização dos moinhos, existiam mais de
200 moinhos instalados na zona de Zaandam.
Com todas as condições favoráveis, conseguia-se serrar 20
troncos por dia.
A equipa de trabalho do moinho era composta normalmente por 5
trabalhadores que normalmente trabalhavam desde a madrugada até meio da noite.
G. Husslage, construtor de moinhos, edificou em 1959 a parte
de cima e o engenho interior do moinho de tinta De Duinjager (O caçador das
dunas) sobre a parte inferior do moinho de óleo De Kat. Os dois antigos restos
de moinhos que datam de por volta de
1780 começaram uma nova vida como De Kat, moinho de tinta.
Desde há dezenas de anos que recomeçou a produção e venda de
tintas e pigmentos antigos. Este moinho talvez seja o último moinho de vento
para produzir tinta existente no mundo. Aqui se concentra aquilo que um dia
começou com 55 moinhos de tinta sob nomes famosos, tais como Pieter Schoen,
Storm, Van Bentum e Kluyver, Heyme Vis, Kuyper, Pieter Latenstein Pz., Avis e
outros. Eles davam cor ao nosso passado.
Tal como o moinho anterior, este também é um moinho de vento típico “holandês”, em que só a
cúpula com os braços é posta ao vento por meio de uma roda por baixo
da viga da cauda.
O movimento giratório horizontal dos braços é convertido num
movimento rotativo vertical pela roda superior e a roda horizontal superior
para impulsionar o engenho na parte inferior do moinho.
Os moinhos de tinta davam cor à vida
A importância do rio De Zaan
O rio de Zaan, teve um papel muito importante para o desenvolvimento da região, pois foi ao longo das suas margens
que os moradores que tinham enriquecido com o comércio e a pesca, construíram por volta de 1600
os seus primeiros moinhos de vento. Inicialmente
o vento era aplicado para drenar o excesso de água e, mais tarde, para criar
uma zona industrial. Cevada, arroz, papel, madeira, Óleo alimentar, mostarda,
tabaco, cânhamo e muitos outros produtos eram processados em 1 000 moinhos de
vento na região de Zaan. A partir de 1850 as máquinas a vapor inundaram de fuligem esta bela região, passando a fazer o trabalho dos
moinhos.
O vento
O vento é uma fonte de energia bastante inconstante, que faz
com que os moinhos trabalhem (ou ás vezes fiquem parados). Porém para tal é
preciso o trabalho do moleiro, que faz girar a cúpula de 15 toneladas de peso
sobre o seu eixo para enfrentar o vento e também regula a velocidade do moinho
com as velas e tabuleiros.
A cor
A cor, ou melhor o pigmento, é o produto elaborado por este
moinho! A partir de 1600 eram importadas em grande escada diferentes variedades
de madeiras tropicais para fazer tintas destinadas para colorir tecidos.
Os pesados pedaços de madeira com pigmento eram postos num
grande túnel e reduzidos a lascas com buris. Depois as lascas eram moídas por
mós de canto giratórias de 5000 a 7000 kg até ficarem em pó, e depois eram
peneiradas numa peneira rotativa. O pós de pigmento eram postos em sacos ou
barris e entregues ao cliente.
Pouco antes de 1700 os moleiros também começaram a
transformar tintas da terra, cré e pós de afiar. As pedras molhadas que vinham
das pedreiras tinham primeiro que secar em armazéns.
Só quando os pintores misturavam os pós de pigmento com por
exemplo óleo de linhaça, é que obtinham a tinta.
De Zoeker
O moinho de óleo em Kalverringdijk
A história do moinho de óleo de Zoeker remonta a Abril de 1676 quando recebeu o alvará de moagem. O moinho de óleo construído em Zaandijk caiu em desgraça com a chegada das fábricas a vapor. Em 1891 o moinho encontrava-se em más condições, o engenho interior desapareceu e o moinho foi transformado num moinho de tinta.
A história do moinho de óleo de Zoeker remonta a Abril de 1676 quando recebeu o alvará de moagem. O moinho de óleo construído em Zaandijk caiu em desgraça com a chegada das fábricas a vapor. Em 1891 o moinho encontrava-se em más condições, o engenho interior desapareceu e o moinho foi transformado num moinho de tinta.
Em Fevereiro de 1925 o moinho foi gravemente danificado por
um redemoinho, mas graças a
contribuições voluntárias o moinho foi reconstruído.
Em 1940 o moinho De Zoeker deixou de funcionar e em 1950
passou a pertencer ao município de Zaandijk.
A 1 de Agosto de 1968 o moinho foi transladado de uma forma
espectacular de Guisveld em Zaandijk para o seu lugar actual em Zaanse Schans.
Durante a transladação a torre do moinho foi elevada com uma grua enorme por
cima da vedação do caminho-de-ferro. O moinho teve de deixar o seu lugar devido
a novos projectos de construção.
Depois da deslocação o moinho de Zoeker foi concedido à
Associação de Zaansche Molen.
Mós de 2500 quilos
Nos moinhos de óleo saltam imediatamente à vista as
colossais mós que imperturbavelmente dão as suas voltas e esmagam sob o seu
peso os grãos e sementes oleaginosas. Como as mós estão colocadas verticalmente
sobre o canto são logicamente chamadas mós de canto.
As duas mós de canto que juntas pesam cinco mil quilos,
estão fixadas numa armação que é impulsionada pelo mecanismo do moinho. As mós
de canto andam à roda em cima de uma pedra lisa, a mó inferior, que assenta
sobre o assim chamado ”leito da morte”.
Como a mó inferior se desgastava rapidamente foi mais tarde substituída
por uma placa de ferro fundido.
De vez em quando o moleiro põe uma nova pazada de produto de
moagem sobre a mó inferior. Para evitar que o produto de moagem seja empurrado
da mó mó inferior pelas mós de canto e caia no chão, rodam ao mesmo tempo as
raspadeiras que seguram a massa esmagada debaixo das mós. Os lados das mós de canto
são normalmente pintados de azul e branco. Estas cores eram usadas como medida
de segurança para que assim à noite no moinho pouco iluminado, também se
pudesse ver num relance de olhos que as mós estavam em andamento.
Depois dos grãos terem sido moídos pelas mós de canto, a
farinha obtida é então aquecida. O aquecimento é feito em cima de um fogão de
pedra aquecido com madeira, turfa ou briquetes. As sementes esmagadas são
mexidas e aquecidas em cima da placa de
ferro do fogão. O pessoal do moinho também usava este fogão para manter o café
aquecido ou para aquecer uma panela de sopa.
Prensar o óleo
As sementes aquecidas são colocadas em dois sacos de lã,
feitos para este fim. A seguir os sacos levam umas batidas bastante fortes.
Cada saco é posto num género de casaco à medida, feito de pelos de cavalo e
pele. Este conjunto é posto numa gaveta de madeira (lagariça) para a seguir
começar o trabalho de pilar. Com o pilão bate-se com muita força no almofariz o
que através das peças de enchimento, pancada atrás de pancada vai comprimindo o
saco para os lados e assim o óleo é espremido das sementes.
Depois do prensar, uma pancada do pistão do pilão sobre o
pistão da lagariça é suficiente para tirar a pressão (de cerca de 250 atm) do
bloco de prensar.
O pilar contínuo causava muito barulho nos moinhos. O pisar
do pilão sobre a madeira provocava ao pessoal do moinho problemas auditivos.
Este mal de profissão era chamado “surdez de pilar”.
Depois do óleo ter sido espremido das sementes, resta no
saco um género de “bolo” sólido. Para que nada se deite fora, estes bolos são
tirados dos sacos, pisados até ficarem em farinha, sendo novamente aquecida em
cima do fogão e depois é posta mais uma vez num saco para um outro tratamento
no pilão. Um trabalho intensivo, mas antigamente o salário dos moleiros era
muito baixo e por isso esse tratamento extra chamado de segunda prensa era lucrativo.
De óleo a bolos para animais
Depois os restos espremidos eram tirados dos sacos.
Antigamente quase nada se deitava fora, e se possível tudo era
usado. Assim o bolo que ficava depois do segundo tratamento era vendido como
ração para animais.
No “lugar dos bolos” os finos e longos bolos eram
cuidadosamente cortados em bocados iguais com uma faca própria.
Pequena exposição sobre o fabrico de queijo e loja de venda.
Existem muitos moinhos em Zaanse Schans, alguns não estão abertos ao publico, mas é interessante passear pela região e desfrutar da magnifica paisagem.
Galinhas e patos, passeiam-se livremente pelos campos de Zaanse Schans ...
Zaanse Museum
E nada melhor que acabar a visita numa das explanadas de Zaanse, dando o descanso merecido às pernas e carregando baterias para regressar ao hotel!
Informações úteis
Como chegar?
transportes públicos:
Calcule a sua rota: AQUI
Ficará a saber todos os transportes que tem de utilizar
do seu hotel até Zaanse Schans .
Cartão I amsterdam - city card
Se estiver em Amesterdão e comprar o I amsterdam - city card,
que na minha opinião compensa bastante, as entradas em Zaanse Schans
em alguns moinhos, no museu e em varias outras atracções estão incluídas!
Hotel
A opção que escolhemos foi:
Hotel: Ibis budget Amesterdam Zaandam
De fácil acesso ao centro da cidade, tem preços bastante acessíveis,
e fica muito próximo de Zaanse Schans, com autocarro directo
que sai junto do hotel e para à entrada de Zaanse Schans.
Hotel: Ibis budget Amesterdam Zaandam
De fácil acesso ao centro da cidade, tem preços bastante acessíveis,
e fica muito próximo de Zaanse Schans, com autocarro directo
que sai junto do hotel e para à entrada de Zaanse Schans.