Havana
« Nunca vi terra tão bela nem gente tão acolhedora»
Escreveu Cristovão Colombo no seu livro de bordo ao desembarcar em Cuba em 1492; e não iria ser o único a ficar extasiado ao avistar a maior ilha da Antilhas. Cuba é uma terra cheia de contrastes e belezas naturais; palmeirais verdejantes e férteis vales plantados de tabaco, alternam com montanhas escarpadas ou enseadas tranquilas, e praias de sonho face a um mar azul turquesa.
Mas é a sua capital alegre e colorida, cheia de azáfama e diversões, que só por si justifica uma viagem a cuba que vamos visitar hoje...
A data exacta da fundação de La Habana (Havana) é incerta. Uma povoação chamada San Cristóbal de Habana foi criada pelo conquistador Pánfilo de Narváez em 1514. Durante os 5 anos seguintes, mudou de sitio três vezes, mas voltou à posição que hoje ocupa em 1519. A cidade tornou-se rapidamente um grande porto espanhol donde partiam as expedições para o continente e a sua prosperidade aumentou. Em 1533 Havana passou a acolher a residência oficial do governador espanhol, mas isso não impediu que piratas ingleses saqueassem a cidade em 1622, 1623 e 1638.
No Séc. XYIII, Havana era a terceira maior cidade da América Latina, embora continuasse à mercê dos Ingleses que a ocuparam durante 6 meses em 1762.
Havana atingiu o auge da sua prosperidade graças ao aumento exponencial da produção de beterraba no século XIX e tornou-se a capital de Cuba independente em 1902. Em meados do século XX cuba tinha adquirido fama de ser um local de recreio para os Norte-Americanos, mas isso acabou com a revolução vitoriosa de Fidel Castro.
Estrategicamente situada num porto natural, Havana é a maior cidade de Cuba e o centro social e cultural da ilha. A cidade está dividida em três partes distintas: a histórica, La Habana Vieja (Havana Velha), centro, Habana centro e Vedado.
Mais para oeste, a maioria das embaixadas concentram-se nos bairros prósperos de Miramar e Playa. A cidade está virada a norte para o estreito de Florida e para o continente americano, e é definida pelos dois enormes castelos do período espanhol de El Morro e La Cabaña, assim como pelo célebre Malecón, ou marginal com 8 km de extensão.
La Habana Vieja é o centro histórico mais antigo, maior e mais impressionante da América Latina, com uma magnifica catedral que data de 1748 e numerosos museus, memoriais, galerias de arte, igrejas e bastiões.
O centro é dominado pelo Capitólio nacional, uma cópia do edifício de Washinton. Vedado alberga a Plaza de la Revolución, a Universidade de Havana e a monumental Necrópole Cristóbal Colón, o cemitério mais importante de Cuba a que foi dado o nome do intrépido navegador Cristóvão Colombo (1451-1506).
Seja o que for que possamos pensar de Havana, nunca seremos suficientemente justos com ela. Todos os textos que tenhamos conseguido ler, todas as imagens que tenhamos conseguido ver, tudo que nos tenham dito, será necessário multiplicar por cinco ou por dez vezes para atingir uma espécie de verdade. E mais! Não será assim tão simples. Havana faz parte daquelas duas ou três cidades no mundo onde a realidade ultrapassa a lenda.
Desde logo, ao chegarmos ao aeroporto, sobre a longa e fastidiosa estrada que vai directo ao centro, o viajante, através de um dia tropical húmido e quente, apercebe-se que vai ao encontro de uma cidade surpreendente, excepcional, perturbadora e inevitável em si própria. Ele sabe que numa cidade extraordinária como esta lhe vão acontecer coisas extraordinárias, que vai ficar ao mesmo tempo deslumbrado, seduzido e impaciente, ele sabe que vai ao encontro de uma aventura no verdadeiro sentido da palavra, ou seja, de algo desconhecido e simultaneamente intenso. Havana exala tanto mais força como de beleza pura e é isso que faz dela uma cidade fora do comum. Esta força encontramo-la no seu clima, ora suave e ventoso, ora opressivo, pelos seus 35º nos meses de Julho e Agosto. Quando uma trovoada eclode sobre a cidade, julgamo-nos à beira de um cataclismo. Tivemos essas experiência logo no primeiro dia que chegámos a Havana. Tudo fica negro e o trovão estala como uma chicotada sobre as nossas cabeças. O raio cai muitas vezes sobre os telhados de Havana.
Quando o mar está enfurecido, as vagas de 3 metros de altura saltam o parapeito do Malecon e esbofeteiam as viaturas que passam. Quando o vento sopra as janelas partem-se e as correntes de ar são furações. Quando chove, são chuvas de cinema, onde o transeunte fica ensopado até aos ossos em quinze segundos. Quando está bom tempo o vento marítimo é, finalmente, uma carícia, como o sopro de uma boca. Havana, a Babilónia Caribenha, pactuou durante muito tempo com todos os deuses e diabos. Corrompida, dissimulada, martirizada, ela sofre, ela ama, ela amaldiçoa, contudo renasce sempre das cinzas. Havana é uma mulher que terá sido muito bela, mas que possui ainda uma elegância alegre, apesar dos seus infortúnios. Sensual, tropical, florida, Havana é eterna.
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(Depois de uma forte trovoada tropical, a vida volta rapidamente ao normal) |
A
população de Havana é predominantemente de origem espanhola, embora
haja uma comunidade negra considerável proveniente da África Ocidental,
nomeadamente os descendentes do povo Ioruba da actual Nigéria. Devido a
muitos anos de casamentos inter-raciais, existe um número substancial de
mestiços.
Só existe uma forma de ficar a conhecer bem Havana. Não embarque em visitas organizadas, pois os guias só lhe mostram o que está previamente definido. A melhor solução é contratar um táxi descapotável ou uma charrete. Pode regatear o preço, mas é barato e compensa cada cêntimo...
Os condutores destes veículos são excelentes guias turísticos, vão dando todas as informações necessárias, param nos locais mais importantes para os visitar e estão sempre disponíveis para ajudar.
O Malecón
Nenhum outro lugar representa melhor Havana do que o Malrcón, nem nenhum outro entusiasma tanto os turistas e os residentes. Este passeio junto ao mar serpenteia ao longo dos bairros históricos da cidade, numa extensão de 7 km desde o centro colonial até aos arranha céus do Vedado, materializando a história de Cuba do passado até ao presente.
A história do Malecón
A 4 de Novembro de 1901, os Americanos, que então ocupavam cuba, pensaram o Malecón como um passeio pedonal, bordejado de árvores, com início no Castillo de la Punta. Mas os ventos fortes e o mar agitado levaram à alteração do projecto original e o engenheiro Americano Mead e o Francês Jean Forestier apresentaram um plano mais viável.
Em 1902, um coreto municipal completou o espaço aberto diante do Prado. os hotéis e os cafés foram construídos junto da cidade velha e as instalações balneares concentraram-se em Miramar. Em 1919 o Malécon estendia-se até à Calle Belascoaín e, em 1921, até à Calle 23. Depressa se tornou uma ligação rápida entre a cidade antiga e a moderna e, nos anos 50, quase deixou de ter peões. Hoje apesar do transito a sua função original foi recuperada!
Arquitectura
Ao longo do Malecón vêem-se edifícios cuja cor pastel desbotou com o sol e o ar salgado, assim como construções do início do século XX, muitas vezes com dois ou três andares e uma galeria no andar superior numa mescla de estilos arquitectónicos.
Ao fundo podemos ver as duas torres do Hotel Nacional, que foi inaugurado em 1930, quando Cuba era um destino de viagem primordial
para os americanos , muito antes do embargo dos Estados Unidos contra
Cuba . O Hotel Nacional está situado no Malecón e tem uma vista
magnifica para o porto de Havana.
Entre os seus primeiros hóspedes ilustres foram artistas, atores, atletas e escritores como Frank Sinatra , Ava Gardner , Mickey Mantle , Johnny Weissmuller , Buster Keaton , Jorge Negrete , Agustín Lara , Rocky Marciano , Tyrone Power , Rómulo Gallegos , Errol Flynn , John Wayne , Marlene Dietrich , Gary Cooper , Marlon Brando e Ernest Hemingway . A reputação do hotel é apoiado por patronos, como Winston Churchill , o duque e a duquesa de Windsor.
A pesca no Malecón é um passatempo com muitos adeptos entre os Habaneros. Quase parecem indiferentes ao que os rodeia, pescando calmamente com os olhos postos no horizonte.
A magia do Malecón ao entardecer...
A melhor maneira de começar a visita a Havana, é saltar para dentro do já referido táxi descapotável ou da charrete no inicio do Malecón e subi-lo lentamente, na hora em que o sol se põe mesmo em frente sobre o mar. A hora é radiosa. Os crepúsculos sobre esta frente têm o ar da noite americana, uma vez que as cores deslavadas dos edifícios com colunas se confundem com as saias cor pastel das transeuntes. O Malecón é um imenso terraço sobre o estreito da Florida. À tardinha o parapeito desta avenida é um verdadeiro ponto de encontro de todos os residentes de Havana. Levam consigo a música ou as guitarras e, claro está, o rum, o rum indispensável que alegra as noites, mesmo se for de má qualidade, do «chispa tren», como lhe chama nestas paragens, «faisca de comboio»! Nos dias de festa, dado que o Malecón é interdito às viaturas, o parapeito serve literalmente de orquestra e formam-se grupos em certos locais estratégicos, como sejam «la Piragua», diante do Hotel Nacional de Cuba, ou «La Fuente», diante o Riviera, palácio dos anos 50 que o mafioso americano Meyer-Lanski mandou eregir, um monumento verde pálido em enaltecimento aos anos cinquenta, que parece ter sido construido para satisfazer os requisitos de um filme de espionagem.
O Malecón vai terminar no túnel de Miramar. Se optar pelo táxi, o passeio pode continuar, se optar pela charrete tem de ficar por aqui, porque os cavalos não estão autorizados a passarem o túnel.
Para lá do túnel do Malecón abre-se a 5ª avenida e o bairro de Miramar, bairro abastado nos anos de Batista e que se mantém ainda hoje residencial. As mansões cor de rosa doce e os pequenos palácios de estilo tropical estão por todo o lado com as embaixadas, restaurantes chiques e numerosas empresas estatais. Um pouco mais à frente, chegamos ao bairro Siboney, mais moderno e recentemente mais residencial que Miramar.
Se de facto quiser "meter o pé na água", deve dirigir-se em direcção às praias de Este. Depois do túnel da Bahia, sempre a direito sobre a Via Blanca, em direcção a Santa Maria, rebatizada Tropicoco. É a praia mais bem ordenada, tem pequenos restaurantes, espreguiçadeira e guarda-sóis.
Vedado, com as suas ruas em ângulo recto, tem uma beleza jovial. Bairro residencial do final do séc. XIX, é constituído por longas ruas traçadas em quadrado, orladas de árvores, mansões e pequenos imóveis muitos em ruínas.
O bairro do Vedado está delimitado por duas grandes avenidas paralelas que vão dar ao Malecón, as Avenidas Presidente e Paseo. Esta última é particularmente agradável, e é cortada perpendicularmente pela Rampa, uma das grandes avenidas de Havana, no passado conhecida pelo seu ambiente «caliente», sobretudo no lado dos hoteis. La Rampa é uma artéria comercial e cultural, com cinemas, livrarias e teatros. Mais acima atravessando La Rampa, perfilam-se as majestosas escadarias da Universidade de Havana. Estas escadarias foram palco de todas as manifestações estudantis da Capital. Foi erigido um monumento à memória do jovem comunista assassinado em 1929, Julio Mella, fundador da Federação de Estudantes Comunistas.
Parque Central
Situado no limite da cidade Velha e do centro de Habana, entre o Capitolio e o Passeio do Prado, o Parque Central foi projectado em 1877, após a demolição das velhas muralhas da cidade. Inicialmente havia uma estátua de Isabel II da Espanha no meio da praça, mas foi depois substituída por outra de José Martí. O Parque está rodeado de edifícios monumentais do século XIX e XX e adornado com palmeiras, funcionando como o centro da cidade e como ponto de encontro
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Estátua de José Martí ao centro, o herói nacional de Cuba. |
Em baixo podemos ver uma das cúpulas das torres do Gran Teatro de La Habana. O teatro é uma mistura de influências com esguias torres angulares. Um dos seus salões recebeu o nome do grande poeta espanhol, Garcia Lorca, que passou alguns meses em Havana em 1930.
Os três anjos das torres têm o corpo esguio de bailarinas de ópera e a sua cor verde sobressai sobre o azul.
A sofrer obras de restauro, o Gran Teatro de La Habana tem uma magnifica fachada decorada com quatro grupos escultóricos do artista Italino Giuseppe Moretti, representando a Caridade, a Educação, a Musica e o Teatro. O edificio ergue-se sobre as fundações do Teatro Nuevo, ou Tacón. De 1837 até aos primeiros anos do século XX, era este o local de eleição para os espectáculos de artistas famosos.
O Capitólio
O transeunte infatigável prossegue agora a sua caminhada até ao Capitólio, uma cópia semelhante ao de Washington, construído em 1929. A sua abóbada branca, que se eleva a mais de noventa metros de altura, é um bom ponto de referência para peões perdidos.
Também a sofrer obras de restauro, desta vez não nos foi possível visitar o interior do símbolo da cidade.
Até ao momento da revolução este constituiu a sede do Senado e da Câmara de Representantes. Hoje em dia abriga a Academia das Ciências Naturais. No interior, uma estátua que representa a República mede 17 metros de altura e pesa 49 toneladas. É a terceira estátua mais alta do mundo. Esta peça, fundida em Roma e coberta com folhas de ouro de 22 quilates. No hall, sob a cúpula, uma cópia de um enorme diamante de 25 quilates embutido no chão, simboliza o ponto zero da ilha a partir do qual todas as distancias são calculadas. O original pertencia a um Czar da Rússia e o estado cubano comprou-o a um joalheiro turco.
Passeo del Prado
A Avenida mais pitoresca de Havana é muito procurada durante o dia para um passeio e dois dedos de conversa à sombra das árvores, ao Pôr do sol, é um dos lugares mais frequentados. Foi mandada construir em 1772, fora das muralhas da cidade, pelo Marquês de la Torre, rapidamente se tornou o lugar preferidos dos aristocratas para os seus passeios de carruagem. Ao longo da avenida, haviam cinco pontos diferentes com bandas a tocar. No céc. XIX, a pavimentação foi substituída e o Paseo passou a ser usada para paradas militares e desfiles de Carnaval. Em 1927, o arquitecto francês Forestier fez o projecto do Prado tal como o vemos actualmente.
De manhã o Paseo del Prado serve de pátio de recreio aos pequenos alunos de uniforme e lenço à volta do pescoço, sob o olhar das professoras. De tarde, as áleas do Prado transformam-se em agências imobiliárias. É de facto um dos principais locais de «permuta», como a maioria dos apartamentos são do estado e não podem ser vendidos, existe a tradição dos habitantes de Havana de trocarem de apartamentos uns com os outros. Assim, alteram o domicilio sem grandes custos. Este tema foi objecto de um filme divertido do cinema cubano "Odores"
Museo de la Revolución
Veja toda a informação sobre o Museo de la Revolución AQUI
Habana Vieja
O núcleo de história de Havana, declarado "património cultural da humanidade" pela UNESCO, em 1982, é o maior centro centro colunial da América Latina.
Felizmente a cidade de Havana começa a sofrer obras profundas de restauro, e principalmente nesta zona tenta-se recuperar o antigo esplendor da cidade. Habana Vieja é caracterizada pela arquitectura hispano-andaluza, vitalizada pelo sol tropical e pela vegetação luxuriante. Parece que o tempo aqui parou mas a zona não dá a impressão de ser um museu. O programa de restauro não se limita aos monumentos e edifícios mais importantes, mas inclui também lojas e habitações comuns. O objectivo é assegurar a recuperação não só da beleza de Habana Vieja mas também da sua vitalidade e das suas actividades quotidianas originais.
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Ao seguir o traçado das ruas dos peões, o visitante cairá automaticamente na praça mais célebre de Havana Velha, A Plaza de la Catedral. Nos anos 40, os Buik e os Chevrolet podiam estacionar nas laterais. Hoje em dia, não é possível. A pequena rua à esquerda leva-nos até à Bodeguita del Medio.
A Plaza de la Catedral
Dominada pelo elegante perfil da sua igreja, a Plaza de la Catedral é um dos simbolos de Habana Vieja. Em 1592 chegou aqui a Zanja Real, o primeiro aqueduto da cidade (e primeiro em território espanhol no Novo Mundo) A água era canalizada do rio Almendres, a 11 km de distância. AZanja Real foi construída para fornecer água aos habitantes da cidade, mas também aos navios que fundeavam no porto. No século XVIII, foram aqui construídos os edifícios aristocráticos e a actual Catedral. Esta praça é uma atracão a não perder para quem visite o centro histórico, com mulheres em traje colonial sob as arcadas a lerem a sorte e um restaurante onde se pode ouvir musica e descontrair.
Catedral de San Cristóbal
A construção da Catedral de San Cristóbal foi iniciada em 1748 sob a supervisão dos Jesuitas mas, após a expulsão destes de Cuba, na sequência do conflito com a coroa espanhola, foi terminada pelos Franciscanos em 1777. Passou a ser catedral após a derrocada da velha Parroquial Mayor. provocada pela explosão de um navio no porto vizinho. Em 1789, a actual San Cristóbal foi consagrada como Catedral de la Viegem María de la Imaculada Concepción e a pequena praça onde se encontra adquiriu o mesmo nome.
Em 1796, passou a chamar-se Catedral de San Cristóbal de la Habana, porque segundo as crenças populares, abrigou as relíquias do próprio Cristóvão Colombo, a partir desse ano e até 1898. Uma placa à esquerda do púlpito conta essa história, embora não exista qualquer registo histórico oficial.
A arquitectura segue o cânone de outras igrejas jesuítas em todo o mundo: planta de cruz latina, capelas laterais e na parte posterior, a nave central mais alta do que as laterais. A fachada em estilo barroco cubano é grandiosa.
Com duas grandes torres sineiras assimétricas e uma profusão de nichos e colunas, que o autor cubano Alejo Carpentier descreveu como "musica transformada em pedra"
Comparativamente o interior neoclássico provoca um certo desapontamento. Grandes pilares separam a nave central das laterais onde se encontram oito capelas. A maior é a do sagrario; a mais antiga (1755) projectada por Lorenzo Camacho, é dedicada a Nossa senhora de Loreto e contém singulares casinhas minúsculas usadas como ex-votos.
Os três frescos atrás do altar-mor de Giuseppe Perovani, enquanto o tecto original de madeira e estuque, demolido e depois reconstruido em 1946-1952, é obra do francês Jean Baptiste Vernay.
O altar-mor foi projectado pelo artista italino Giuseppe Bianchini no século XIX. à direita encontra-se uma enorme estatua de madeira de São Cristovão. As pernas são desproporcionais em relação ao tronco pois foram cortadas para permitir que a estátua passasse no portal.
A 16 de Novembro, dia em que se festeja este santo, reza-se aqui missa solene, durante a qual os fieis desfilam diante da estátua, para em silencio lhe pedirem a sua bênção. Essa bênção é concedida desde que os crentes não prenunciem uma palavra até saírem da igreja.
Do lado esquerdo ao fundo da Plaza de la Catedral, podemos ver o Palacio de los Marqueses de Arcos, construído no século XVIII, abriga uma galeria de arte onde se vendem gravuras e artesanato. Neste edifício funcionaram em tempos os Correios Centrais, sendo ainda visível na parede exterior o marco de correio original.
Adjacente ao Palacio de los Marqueses de Arcos, está o Palacio del Conde Lombillo (1746), que é agora a sede dos escritórios do Historiador de La Habana e alberga exposições temporárias de fotografia e litografias.
Museu de Arte Colonial
Este palacete do séc. XVIII, construido por Don Luís Chacón, governador de Cuba, é desde 1969 um museu fascinante dedicado à arte colonial. O edifício é um belo exemplo de residência colonial, construído em volta de um elegante pátio. As 12 salas do rés do chão e do primeiro andar contêm mobiliário, candelabros, porcelana e outras peças decorativas de várias casas de aristocratas e da classe média de Havana dos séculos XVIII e XIX, onde se combinam tradições europeias, crioulas e coloniais. Para além de uma notável colecção de mobiliário de madeira tropical, o museu tem uma colecção excepcional de janelas de vitrais (mediopunto) característicos dos artesãos crioulos Cubanos.
Há ainda uma 13ª sala onde se realizam exposições de artesanato contemporâneo inspirado na arte colonial.
O Palacio de los Marqueses de Aguas Claras foi construído na segunda metade do século XVIII. No inicio do século XIX, abrigava o Restaurante París e depois os escritórios do Banco Industrial. É actualmente um bar-restaurante, El Patio, com mesas no pátio interior e nas arcadas da praça. Antigamente existiam mesas no meio da praça, com grandes guarda-sol, mas este ano a praça parecia "despida", sem a habitual animação que lhe era característica...
Seguimos junto à Catedral pela Calle Empedrado, até à Bodeguita Del Medio.
Prisão na Habana Vieja
Plaza de San Francisco
Confinando com o porto, esta praça pitoresca tem um certo carácter andaluz e evoca imagens de uma época distante em que os galeões carregados de ouro e outros produtos partiam para a Espanha. No ceu centro encontra-se a Fuente de los Leones, inspirada na famosa fonte de Alhambra, em Granada. Esta obra do escultor italiano Giuseppe Gaggini foi doada em 1836, pelo superintendente fiscal Don Claudio Martínez de Pinillos, conde de Villanueva, e durante muitos anos abasteceu de água doce os navios fundeados.
A natureza comercial da zona é visível em dois edifícios: a Aduana General de la República (a antiga alfândega), construída em 1914, e a Lonja del Comercio (a antiga bolsa, 1908) com a cúpula encimada por uma estátua de Mercúrio, Deus do Comércio. Restaurada em 1995, abriga os escritórios de algumas empresas estrangeiras a operarem em Cuba.
Todavia, o edifício mais importante da praça é a Basílica Menor de San Francisco de Asís.
Basílica Menor de San Francisco de Asís
Construída em 1580-1591 para receber a comunidade franciscana e reconstruída parcialmente no século XVIII.
No seu interior, com três naves e planta em cruz latina, encontram-se alguns quadros de artistas cubanos desconhecidos do século XVIII e uma estátua de madeira de São Francisco, igualmente do mesmo período e de autor desconhecido.
Aqui se encontram os restos mortais de importantes cidadãos de Havana, desde o marquês González, que morreu durante o cerco britânico de 1762, a José Martín Félix de Arrate, ilustre historiador do período colonial. Devido à sua acústica excepcional, esta igreja foi recentemente convertida em sala de concertos de música coral e de câmara.
Ligado
à igreja, vê-se um grande campanário, com 42 m de altura, de onde se
desfruta de uma bonita vista da cidade. Antes tinha no topo uma estátua
de São Francisco de Assis que ficou danificada após um ciclone em 1846.
No claustro e nas salas do mosteiro adjacente, de 1739, há um museu de arte sacra com missais dos séculos XVIII-XIX, uma colecção de objectos votivos feitos de metais preciosos e peças de cerâmica e porcelana italiana dos séculos XVI-XVIII.
No claustro encontra-se uma estátua em homenagem à Madre Teresa de Calcutá.
Museu Del Ron
A destilaria do Havana Club, a marca mais famosa de rum cubano, está aberta ao público, permitindo que os visitantes presenciem o processo de fabrico da bebida descrita como "o filho alegre da cana-de-açucar" pelo escritor e jornalista cubano Fernando Campoamor, amigo de Hemingway. As visitas têm inicio no pátio colonial da Fundação Havana Club. Após o visionamento de um pequeno vídeo acerca da história da cana-de-açucar e da sua cultura, os visitantes são levados a ver os processos de fermentação, destilação (numa sala de alambiques antigos), filtragem, envelhecimento, mistura e engarrafamento. No átrio central onde se sente um intenso cheiro a melaço fermentado, encontra-se um modelo de ingenio, ou plantação de açúcar, que inclui ainda uma miniatura de comboio a vapor.
A visita termina num bar onde os visitantes podem descansar e degustar rum com três anos.
A comunidade chinesa em Havana
os chineses começaram a chegar a Cuba em meados do século XIX para trabalharem na indústria do açúcar e eram tratados como escravos. Os primeiros a obterem a liberdade começaram a cultivar pequenos pedaços de terra em Havana.
Num deles, perto da actual Calle Salud, cultivaram as primeiras mangas cubanas, que logo se tornaram um sucesso.
Os restaurantes chineses apareceram depois da chegada da segunda onda de imigrantes (1869-1875), que vinham da california munidos das suas economias americanas. Sem perder tradições culturais, a comunidade chinesa foi assimilada pela sociedade cubana. Uma coluna de granito negro na esquina da Calle L recorda os chineses que lutaram pela independência de Cuba.
Barrio Chino
O bairro chinês de Havana, o Barrio Cino, que se situa actualmente nas ruas San Nicolás, Dragones, Zanja e Rayo, desenvolveu-se no século XIX. No seu apogeu, no início do século passado, havia uma associação cultural, que representava peças de teatro e ópera, e um casino. As ruas coloridas estavam cheias de vendedores de frituras e outras especialidades asiáticas e as pessoas deslocavam-se aí para comprar a melhor fruta e o peixe mais fresco da cidade. Hoje as lojas chinesas estão na chamada área de Cuchillo de Zanjo e Rayo), mistura de Oriente e Trópicos), contudo a arquitectura não é muito característica, excepto a do portal do bairro que era o telhado de um pagode.
Plaza de la Revolución
A Plaza de la Revolución é o centro político, administrativo e cultural de Cuba desde 1959. Foi criada em 1952 sob o regime de Batista e a maioria dos edifícios que hoje se vê data também dos anos 50.
Conhecida inicialmente por Plaza Cívica, passou a ser a Plaza de la Revolución após a vitória de Fidel Castro em 1959.
Embora não se distinga pela sua arquitectura ou desenho é, ainda assim, local importante a visitar devido à sua importância histórica e simbólica. Foi o ponto de encontro para os primeiros grandes comícios que se seguiram ao triunfo da revolução e dos festejos para a campanha do analfabetismo em 1961.
desde 1959, as paradas militares atraem e celebrações oficiais atraem com frequência, multidões de mais de um milhão de pessoas. Durante estes acontecimentos a zona enche-se de gente, e os oradores, incluindo o Presidente Fidel Castro, tomam lugar no pódio junto à estátua de José Martí, na base do obelisco.
A 25 de Janeiro de 1988, o papa João Paulo II celebrou missa neste pódio para milhares de fiéis.
Em redor da praça, existem ministérios, a sede do Conselho de Estado e o Comité Central do Partido Comunista Cubano
Ministério do Interior
A fachada do Ministério do Interior que se ergue exactamente defronte da estátua de Martí, encontra-se quase totalmente coberta por uma enorme escultura de Che Guevara, em arame de bronze, concluída em 1995.
Esta imagem impressionante e simbólica inspira-se na fotografia mundialmente conhecida, tirada pelo repórter fotográfico Alberto Korda. Sob o busto lêem-se as palavras "Hasta la Victoria Siempre", um dos slogns mais célebres.
Memorial José Martí
A construção deste monumento no centro da Plaza de la Revolución iniciou-se em 1953, no 100º aniversário do nascimento do heroi nacional cubano, e foi concluída em 1958. Consiste numa torre de 109 metros, que representa uma estrela de cinco pontas, feita em mármore cinzento da Isla de la Juventud. Na base ergue-se uma enorme estátua de José Martí em atitude meditativa. O memorial propriamente dito situa-se no interior da base, que encerra também a sala de Actos, um auditório utilizado para concertos, palestras e leitura de poesia.
Em dias de boa visibilidade o mirador no cimo da torre, o ponto mais alto de Havana, oferece uma panorâmica de toda a cidade.
A estátua de José Martí, é feita em mármore branco, tem 18 metros de altura e foi esculpida no local por Juan José Sicre.
José Martí, o pai da Revolução é homenageado em numerosos locais de Havana. É a figura histórica mais respeitada em Cuba!
Museo Nacional de Bellas Artes
Este museu foi fundado a 23 de Fevereiro de 1913 graças aos esforços do seu primeiro director, o arquitecto Emilio Heredia. Após uma série de mudanças, a colecção acabou por encontrar localização definitiva no quarteirão outrora ocupado pelo velho mercado de Colón. O projecto original sofreu alterações com a demolição das arcadas
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(Pintor cubano) |
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(arte contemporânea numa rua de Havana) |
Médico, fotografo, guerrilheiro, politico, jornalista, escritor. A sua figura converteu-se num símbolo mundial. Com a sua rebeldia e espírito incorruptível foi um ícone na luta contra as injustiças sociais.
É impossível pensar em Cuba, sem pensar em...
Comandante Ernesto (Che) Guevara de la Serna
(1928-1967)
Nascido em Rosário, Argentina a 14 de Julho de 1928, formou-se em medicina em 1953. Em 1954 esteve na Guatemala a defender o governo de Jcobo Arbenz. Em 1955 conhece Fidel Castro no México, tornando-se o médico da expedição del Yate Granma.
Durante a Guerra da Libertação destacou-se pelo seu arrojo, sendo nomeado comandante a 21 de Julho de 1957. Dirigiu a Batalha de Santa Clara em 1958, uma das acções mais importantes da Guerra da Libertação.
Depois do triunfo revolucionário participou na reorganização do estado Cubano, desempenhando vários cargos na sua administração e no seu governo. Em 7 de Fevereiro de 1959 o Conselho de Ministros concedeu-lhe a condição de cidadania cubana por nascimento.
Representou Cuba em importantes eventos internacionais.
Em 1965 cumpriu uma missão no Congo, lutando pela libertação do seu povo.
Foi assassinado na Bolívia a 9 de Outubro de 1967.
Em Havana a vida está na rua.
O que é mais impressionante nesta cidade, é o ruído da rua. Não se trata no entanto, de ruído como nas grandes cidades europeias, mas sim de sonoridade. A rua é sonora, mas sem ser ruidosa. As gentes interpelam-se entre vizinhos. Não se toca às campainhas, grita-se o nome da pessoa que se pretende ver, com uma voz arrastada no final, como numa melodia. Os vendedores gritam também pelas ruas, propondo todo o tipo de produtos, de frutas, ovos, presunto e legumes. Paga-se em pesos que é a moeda local. nada impede o turista de possuir pesos, contudo é o € que é cobrado em todas as lojas, bares e restaurantes.
A rua é simplesmente a vida. O habitante de Havana prefere sentar-se sobre o parapeito do seu imóvel do que dentro do seu apartamento. Ele leva evidentemente consigo a cadeira de baloiço para o passeio. Nesta perspectiva, o balanço da cadeira é literalmente a imagem do país: Indolência e sensualidade. Em Havana a musica está por todo o lado, aqui adormece-se e acorda-se ao som da musica. Se não forem os vizinhos que se ouvem, existe sempre em qualquer lado uma orquestra que ensaia ou um proprietário de bar que experimenta o seu som em pleno ar livre da noite.
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Joga-se xadrez no passeio, com um tabuleiro de pano onde foram pintados os quadrados! |
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Joga-se futebol na rua, com balizas improvisadas. Quando se aproxima um carro, as crianças desviam a baliza, o carro passa e continua alegremente o jogo! |
Cada um vende a comida e os produtos que confecciona em casa.
As belas maquinas americanas
Evidentemente que os estrangeiros ao verem estes tesouros cromados dos anos cinquenta a rodar pelas ruas de Havana quiseram logo comprá-los e exportá-los. Não!, disse Fidel, eles fazem parte do património nacional. Só se pode comprar uma destas viaturas se ela não sair do país.
Em Cuba existem muito mais viaturas americanas desta época do que nos Estados Unidos da América. Aqueles que têm a sorte de ter conservado uma delas e de a ter reparado com dificuldade, possui uma excelente fonte de rendimento.
Os proprietários servem-se destas viaturas como táxis e os turistas adoram! O governo tem um organismo especializado na renovação destas belas viaturas americanas. Hoje em dia elas fazem parte verdadeiramente da decoração e sem elas Cuba não seria de forma nenhuma Cuba. Existem 400 000 em toda a ilha, Chevrolet Bel Air, Impala, Oldsmobile, Buik, Chrysler Plymouth, Cadillac, Ford Victoria e Thunderbird.
A Habanera
«Tal era Havana, colorida, iluminada, que bonita cidade, Senhor! Pensar que a perdi porque tive o azar de nascer demasiado tarde. Tal era Havana, com as suas belas raparigas de carne firme, de coxas fortes, pernas sedosas e longas como torres, tornozelos finos, pés hábeis quando chega o momento de usar saltos altos para trabalhar, para bailar em público, raparigas de seios duros, ou inchados e moderados, porque a mulher de Havana é assim, ela tem um peito miúdo, a cintura fina e as ancas generosas. Os decotes provocantes com vista de cima para baixo na varanda, como se estivessem à espera de Martí com a bandeira cubana. Os beiços pintalgados que segredam carícias.»
Começo do segundo capítulo de «A Dor do Dólar» de Zoé Valdés. Toda a sensualidade de Havana nalgumas linhas. É verdade que existem poucas cidades do mundo onde passear é um regalo para os olhos. Os cubanos não dizem eles mesmos que em Havana os homens estão semivestidos e as mulheres seminuas. E esse balanço incomparável das ancas. Essas saias tão curtas que balançam languidamente como um barco sobre as ondas até nos provocarem enjoos. Contudo, a vulgaridade será procurada em vão só se encontrando simplesmente um erotismo natural do corpo. Sim Havana dá vertigens. Ela enganar-vos-à. Mas acabarão sempre por lhe perdoar.
Em 1960, Hemingway acabou o seu romance «Paris é uma Festa», em San Francisco de Paula, com estas palavras: «Paris nunca acaba. Não existe limite para Havana»
Informações úteis
Onde dormir
Hotel Sevilla
O Hotel Sevilla, em Havana, foi construído em 1908. Uma estrutura de quatro andares com influência da arquitectura Mourisca na Calle Trocadero, ao lado do Paseo del Prado , entre o Malecón e o Parque Central, pelos arquitectos Arellano y Mendoza. Foi comprado por John McEntee Bowman e Charles Francis Flynn em 1919 e rebaptizado por Sevilla-Biltmore Hotel.
Antes da Revolução, foi um dos
estabelecimentos cuja propriedade e administração pertencia à rede da Máfia de
Havana.
Património da Humanidade, com uma
vista única sobre Havana a partir do seu terraço,este hotel respira história... o facto de ter recebido
figuras famosas desde 1908, atribuiu-lhe fama a nível mundial.
O hotel foi destaque em Graham Greene 's romance Our Man in Havana , onde o personagem Jim Wormold se juntou ao serviço secreto britânico.
Esta foi a nossa opção para nos instalarmos em Havana, o hotel esta muito bem situado na zona velha da cidade a escassos minutos a pé do Capitólio. Podemos visitar a pé todos os monumentos e museus desta zona da cidade. Tem um bom pequeno almoço, musica ao vivo durante o dia e à noite e táxis à porta do hotel.
Hotel Sevilla
Address: Trocadero 55 E ,prado Y Zulueta Habana Vieja Havana, Cuba
Entre os muitos famosos que frequentaram o Hotel Sevilla, encontra-se Ernest Hemingway.
A paixão de Hemingway por Cuba
Foi no fim de 1939 que a terceira mulher de Ernest Hemingway,
Marta Gellhorn, adquiriu o rancho La Vigia, sobre o pico de San
Francisco de Paula, a cerca de 15 km de Havana, dominando a cidade. O
escritor sentia-se ali bem com os seus 50 gatos, o seu refugio onde
podia escrever sem ser incomodado, a sua poltrona preferida à direita da
mesa rolante do bar, os seus troféus de caça e os seus 9 000 livros. Hemingway
passou ai vinte anos da sua vida, até 1960, ano durante o qual ensaiou a
pontaria da sua caçadeira na boca accionando o gatilho com a ajuda do
dedo grande do pé. Gesto que completaria definitivamente em Idaho, um
ano mais tarde.
Hemingway não tomava partido nem contra nem a favor da Revolução. Não gostava de Batista e não conhecia Fidel Castro!
Para Hemingway
Cuba tinha sido a ilha da felicidade e do prazer, onde ele gostava de
receber os seus amigos e onde Ava Gardner tomava banho nua na piscina.
Bastava-lhe percorrer alguns quilómetros para estar no seu banco
favorito de La Floridita onde lia o jornal a saborear daiquiris,
discutia longamente com os barmans e, por vezes surrava os jornalistas
mais inconvenientes e insistentes!
Ele
veio pela primeira vez perto da costa cubana para pescar peixe-espada,
nos anos 20, desde a sua casa de Key West. Depois começou a pernoitar em
terra cada vez mais frequentemente, hospedando-se no hotel Ambos os
Mundos e pedindo sempre o mesmo quarto no último andar, de onde dominava
o porto de Havana Velha. Aí escreveu "Por quem os sinos dobram". Tinha
comprado Finca Vigia por 12 500 dólares, enquanto Hollywood comprava os
direitos do seu romance "As Neves de Kilamanjaro" por 125 000 dólares.
O
escritor americano tomou conhecimento que tinha ganho o prémio Nobel em
Cuba e foi na sua Finca que ele deu as primeiras entrevistas. Quando
lhe perguntavam porque amava tanto Cuba, Hemingway respondia sempre: «Porque é como é!»
Religião
40% dos cubanos são católicos, 3% são protestantes e 49% não têm religião. Além disso existe a Santería, um culto de santos afro-cubano, no qual é pedida ajuda aos deuses benignos e malignos durante reuniões e rituais. Estas envolvem muitas vezes sacrificios de animais.
A maioria das famílias cubanas tem o seu próprio altar.
A santera não é uma praticante de vudu cubana. É uma outra religião. Mistura alegre de divindades cristãs e pagãs, crenças sagradas e profanas. A casa de una santera está aberta a todos. Vai-se lá para resolver um problema, a maior parte das vezes de saúde.
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(sacrifício de animais) |
Restaurantes / Bares
Restaurante Europa
Obispo nº. 301 esquina a Aguiar | La Habana Vieja
Este restaurante foi o nosso escolhido para jantarmos algumas vezes em Havana, a comida é boa e os preços muito acessíveis. Uma cauda de lagosta grelhada com acompanhamento custava cerca de 8,00 €.
O restaurante tem musica ao vivo com bailarinos. O ambiente é muito agradável e descontraído.
Restaurante/Bar Dos Hermanos
Avenida del Puerto 304, Havana
Um dos restaurante/Bar mais famosos de Havana. Considerado o melhor sitio para beber mojitos! podemos confirmar que são magníficos!
Um dos mais famosos bares-restaurantes da cidade
La Bodeguita Del Medio
La Bodeguita del Medio ficou famosa pela presença constante de Ernest Hemingway que ai bebia diariamente os seus mojitos.
Um dos locais mais visitados de Havana, em que os turistas não partem sem deixarem a sua assinatura numa das paredes.
Veja toda a informação sobre a Bodeguita Del Medio AQUI
EL Floridita
Desde 1817 que a Floridita ocupa a esquina das ruas Obispo e Monserrate. Inaugurada como "La Piña de Plata" viu o seu nome mudar para "El Florida", por sugestão dos turistas americanos que a frequuen. Com o passar do tempo, o nome ficou popularmente conhecida por "El Floridita"
Em 1918 o Catalão imigrante Constantino Ribalaigua Vert , apelidado de Constante comprou a Floredita, depois de quatro anos como empregado de bar. Em 1930 Constante inventa os daiquiris, a bebida que deu fama ao lugar.
Quando ir
À excepção de Setembro a Novembro, meses mais propensos a ciclones, e Julho e Agosto em que o calor tórrido torna os passeios cansativos.
O clima é tropical, entre os meses de Novembro a Abril o tempo é seco e a temperatura média ronda os 25ºC durante o dia.
A temperatura da água oscila entre os 24 e os 28ºC, conforme as estações.
Vistos e Passaportes
Para entrarem em Cuba os turistas europeus precisam de um passaporte válido por seis meses, bilhete de ida e volta e visto (targeta de turista) emitido por um consulado cubano, ou pela agência de viagens ou companhia de aviação onde compram o bilhete.
O que vestir
Aconselham-se roupas leves e informais e chapéu para o sol nos meses de verão.
Num encontro ou recepção os homens não se devem usar calções, mas calças e camisa.
Hábitos locais
Os cubanos são muito tolerantes, mas um pouco conservadores. Por isso não pratique nudismo nem topless nas praias porque não é permitido!
Os homens cubanos sentem-se quase obrigados a fazerem elogios às mulheres com que se cruzam na rua, é quase uma forma de cavalheirismo, um ritual. Este tipo de comentários não deve ser mal interpretado.
Gastronomia
A cozinha Cubana tem influencias mouras e espanholas. O peixe fresco embebido em rum é uma delicia, muitas vezes acompanhado de arroz com feijão preto (arroz moro).
Viajar com crianças
Os cubanos adoram crianças e o estado toma bem conta crianças. No entanto são poucos os recintos de diversão para os mais pequenos.
O Aquarium exibe peixes tropicais e o Aquário Nacional apresenta espectáculos de golfinhos.
Hora Cubana
Cuba está cinco horas atrasada em relação à hora TMG, tal como a costa leste dos Estados Unidos, e tem hora de Verão exactamente como a Europa.
Saúde
Graças à qualidade do serviço de saúde e à ausência de doenças tropicais, uma viajem a Cuba não oferece riscos para a saúde fora do comum. Todos os hotéis internacionais têm médico de serviço permanente, e a primeira consulta tal como os primeiros socorros é gratuita. Contudo devido às dificuldades económicas e ao embargo, há muita falta de artigos farmacêuticos de uso quotidiano. Por isso quando viajar para Cuba, leve os seus medicamentos habituais e mais alguns que poderá vir a necessitar, como analgésicos, antipiréticos, antibióticos e medicamentos para o estômago), bem como protector solar e repelente para insectos.
Vacinas
Não são exigidas vacinas para visitar Cuba. Quase todas as doenças tropicais foram eliminadas, o que é notável. Portanto é bastante seguro viajar pela ilha.
Protecção solar
O sol em Cuba é muito forte e exige protecção redobrada, especialmente em Julho e Agosto. Use sempre chapéu e protector solar forte com um factor de ecrã solar elevado. Convem também beber muita água para evitar a desidratação.
O calor e a humidade excessivos podem provocar insolação, com sintomas de sede, nauseas, febre e tonturas. caso isso aconteça, continue a ingerir líquidos e tome banhos de água fria.
Bancos e moeda local
A moeda cubana é o peso, mas a moeda para os turistas é o peso convertible (CUC). Para fazer compras em Havana não é necessário cambiar porque o Euro é aceite em todo o lado. Só necessitas de CUC para pagar as taxas de saída do país. Pode cambiar dinheiro no aeroporto. Trazer pesos convertibles para casa não tem utilidade pois a moeda não tem qualquer valor fora de Cuba.
Todos os cartões de crédito são aceites em Cuba à excepção dos emitidos nos Estados Unidos.
Boa Viajem!