quarta-feira, 30 de setembro de 2015

Café Majestic


Café Majestic
Porto








"... é na segunda maior cidade do país que encontramos o mais deslumbrante de todos os cafés da nação e um dos mais atraentes do mundo

Começando na fachada e acabando no seu interior, o Café Majestic continua a ser um belo cenário para eventos culturais, sendo mais do que apenas uma atração turística.

Café Majestic continua a fazer jus ao seu nome com uma maravilhosa atmosfera Belle Epoque na sala principal e um atraente jardim de inverno que têm garantido a este café um espaço reservado em qualquer livro sobre cafés."

De Top 10 Most BEAUTIFUL CAFES in the World







O esplendor da "Belle Époque"


Em 17 de Dezembro de 1921 pela autoria do Arquitecto João Queiroz, abriu um luxuoso café com o nome de Elite, situado na rua Santa Catarina, o local mais central da cidade. Mais do que um café, o Majestic conta a história do Porto. O Porto dos anos vinte, das tertúlias políticas e do debate de ideias. O Porto da "Bélle Époque", dos escritores e dos artistas. Situado na rua de Santa Catarina, avenida pedonal de comércio e passeio da sociedade de então e de agora, iluminava o passeio com a sua decoração Arte Nova.
Lá dentro, inalava-se o perfume dos bancos aveludados e das madeiras envernizadas, confundindo-se os cinco sentidos nos tectos de gesso decorado e abundante espelharia em cristal flamengo. Mármore e metal ligavam-se com requinte inigualável. Nas traseiras a natureza espreitava através do jardim de Inverno, que ligava a rua de Santa Catarina à rua de Passos Manuel.
Nesse dia já distante, o dia da inauguração ficou marcado na cidade. Foram muitos os que se dirigiram para esse ponto da cidade para conhecerem o novo edifício que se incrustava na paisagem arquitectónica portuense. Agradou a intelectuais e boémios mas também às senhoras da melhor sociedade que, em passeio, ali tomavam o chá ou um sorvete.
O café teve honras e distinções e recebeu uma visita distinta, o piloto aviador, e mais tarde almirante, Gago Coutinho (que consta sempre acompanhado de belíssimas mulheres), acabado de chegar de mais uma arriscada jornada à ilha da Madeira. Tão agradavelmente surpreendido ficou com o esplendor do novo estabelecimento que lá regressou várias vezes para poder contemplar a beleza de todos os pormenores que o compunham, uma das quais na companhia da famosa actriz Beatriz Costa.
Embora a abertura ao público fosse um sucesso, a denominação atribuída ao estabelecimento dava-lhe uma aura monárquica que não condizia com o ambiente republicano, burguês e chic dos portuenses contemporâneos.
glamour e a elite cultural parisiense eram referências para a cultura portuguesa da altura, tendo influído a escolha do novo nome – Majestic – impregnado de charme "Belle Époque".
Neste espaço, passaram a convergir vultos intelectuais da cidade. José RégioTeixeira de PascoaesLeonardo Coimbra, entre outros, emprestaram à casa a literacia necessária para que sucedesse o aceso debate, entre figuras públicas e as que viriam a sê-lo, das questões políticas, sociais e filosóficas mais prementes.
Num lugar que é, por mérito próprio, arte, não poderiam faltar os que a constroem. Alunos e professores da Escola de Belas Artes do Porto, juntavam-se a artistas de nomeada, como Júlio Resende, para desbravar novos caminhos e motivações artísticas, propor rupturas, criticar formalismos, conceptualizar novas formas, ou simplesmente para ouvir o que se dizia então.
Em vários cafés do Porto sucedia o mesmo que no Majestic, uma intensa polarização social da cultura ao sabor do café ou do absinto escondido.
Nos anos 60 do século XX, coincidindo com um certo adormecimento forçado das manifestações culturais do País, o Café Majestic começa, ele próprio, a adormecer. É um declínio lento mas contínuo.
Este estado de degradação a que estava votado, cedo começa a ser percebido pelas forças vivas da cidade. Assim, em 24 de Janeiro de 1983, é decretado Imóvel de Interesse Público. Três anos depois, a nova gerência estuda a forma de devolver o café à cidade.
Entretanto, o tempo mostra a sua inexorabilidade, os anos de incúria transformaram o espaço num local sombrio. O Majestic e toda a história que as suas chávenas beberam, clamavam por reconhecimento.
Em 1992, 71 anos após a inauguração, é decidido devolver-lhe a vaidade justa de ser um dos mais belos cafés do Porto. A 15 de Julho de 1994 abre novamente as portas, foram precisos dois anos para lhe puxar o lustro. Quem lá entrar encontra agora exposições, eventos e mesmo um certo mediatismo - por vezes é palco televisivo.
O Café Majestic de traça ideada pelo arquitecto João Queiróz, inspirada na obra do seu mestre Marques da Silva, permanece ainda hoje como um dos mais belos e representativos exemplares de Arte Nova na cidade do Porto. O edifício, fundeado em 1916 no ângulo formado pelas ruas de Santa Catarina e Passos Manuel, previa, na memória descritiva da sua reconstrução, a existência de estabelecimentos virados para a rua pedonal.
A imponente fachada em mármore, dornada com aspectos vegetalistas de formas sinuosas, reflecte o bom estilo decorativista da altura. Um trio de elegantes portadas marca a frontaria, limitada por uma secção rectangular, rasgada em vidro. No topo um frontão coroa a composição com as iniciais do Majestic. Ladeiam-no duas representações de crianças que, divertidas, convidam o transeunte a entrar.
Dentro do estabelecimento, de planta rectangular, reina a linguagem Arte Nova. A simetria curvilínea das molduras em madeira e os pormenores decorativos cativam a observação. Grandes espelhos riscados pela idade, intercalados por candeeiros em metal trabalhado, delimitam as paredes num inteligente jogo óptico de amplitude, que lhe dá uma dimensão maior que a real.
Esculturas em estuque, representando rostos humanos, figuras desnudas e florões, confirmam o gosto ondulante e sensual, enquanto duas linhas de bancos em couro gravado, substituindo os originais em veludo vermelho, criam, em termos de perspectiva, uma sensação de profundidade e elegante aconchego.
O recorte sinuoso dos caixilhos da espelharia, a luminosidade dos candeeiros, os detalhes em mármore e os bustos sorridentes que se estendem das paredes ao tecto, conferem-lhe ambiência dourada e confortável, incitando ao repouso e à conversa amena. O Café Majestic emana uma atmosfera de luxo, requinte e bem-estar.
O pátio interior, construído em 1925, é um recanto de contornos delicados, com escada e balaustrada de pequenas dimensões, arquitectado como se de um jardim de Inverno se tratasse. Sob a direcção do mestre Pedro Mendes da Silva, este espaço simboliza uma nova era do Café Majestic. A construção do bar e da ligação ao café por meio de uma escadaria, permitiu abrir uma nova frente, a da rua Passos Manuel, "...onde será posto à venda vinho do Porto. Para isso, escolheu-se o estilo regional da nossa arquitectura, não só para a construção do bar, mas também para a vedação do muro".
A nova fachada foi subsequentemente idealizada e executada seguindo moldes diferentes dos adoptados para o interior. Se este é ao gosto internacional, o novo espaço, não o renegando apresenta um estilo mais rústico, manifestando o que mais tarde Raul Lino designou por casa portuguesa.
Nesse mesmo ano o Majestic cumpre singularmente a função plural de satisfazer todos os desejos da clientela. Volta a chamar o arquitecto João Queiróz, agora para abrir uma modesta mas graciosa janela no muro remodelado, virada para a rua Passos Manuel, onde passará a vender tabaco e rapé à população. Um ano depois, em 1926, o espaço é ampliado e cedido à exploração da firma Tinoco & Irmãos, construindo uma "pequena cabina (…) para servir de tabacaria".
Auspícios de novos tempos e hábitos surgem em 1927, através da ampliação do bar com vista ao "serviço e fornecimento de cerveja para o terraço ali já existente". O espaço, como o vemos, apresenta-se evolutivo. De uma formulação mais depurada e arquitectural à entrada, motivada pelas raízes Beaux Arts do arquitecto, ao aproximarmo-nos do jardim passamos por um decorativismo colmatador das estruturas arquitectónicas, terminando no portal jónico de ligação ao exterior, com grandes volutas transparentes e sensuais, tipicamente Art Nouveau, insinuando as esculturas femininas que vislumbramos no exterior. Esse, verdejante e luminoso, serve actualmente para a dinamização de concertos durante o Verão, pelo que se tornou no terceiro centro cultural do Majestic, a rivalizar com o piano de cauda no interior e com as inúmeras exposições de pintura a acontecer no piso inferior, outrora votado ao jogo de bilhar.
Sob a égide dos Barrias, em 1992, o café foi encerrado para a execução de um projecto de recuperação que ficou a cargo da arquitecta Teresa Mano Mendes Pacheco.
Em 1994, depois da substituição do pavimento interior e da reposição do mobiliário original, o Majestic foi reaberto. Fotografias encontradas por Fernando Barrias permitiram conservar a alma do local, transportando, com sensibilidade, um passado luminoso para o presente.
Os inúmeros prémios e o reconhecimento internacional - "Prémio Especial de Café Creme" (1999), "Medalha de Prata de Mérito Turístico" (2000), "Medalha de Prata de Mérito Municipal - Porto" (2006), "Certificado do Prémio Mercúrio - O melhor do Comércio na área das empresas na categoria Lojas com História" (2011) e "Medalha Municipal Mérito - Grau Ouro" (2011), classificado pelo site cityguides como o sexto café mais belo do mundo e oCertificado de Excelência da TripAdvisor - surgiram com naturalidade, devolvendo-lhe, finalmente, a justa notoriedade que, durante tantos anos, havia sido esquecida.

"Es un maravilloso lugar el Café Majestic, donde musas, pensadores y artistas se pueden reunir para vivir los mejores momentos que nos da la vida, de sencilla convivencia en la comunicación de la palabra y de los gestos, las miradas, las sonrisas y a veces las lágrimas."

Gloria Montenegro (Presidente da Academia de Cafeologia de Paris




Como chegar: 

Rua Santa Catarina, 112
4000-442 Porto




Informações históricas daqui

terça-feira, 29 de setembro de 2015

Bratislava


Bratislava
Eslováquia







Partindo de Praga com destino a Viena na Áustria, resolvemos passar um dia em Bratislava. 337 Km separam Praga de Bratislava, e de Viena apenas  78 Km.
Bratislava é uma cidade agradável, em que o centro histórico se percorre todo a pé, sem necessidade de transportes públicos. 
O único senão é que uma frente quente assolou a região em Julho/2015 e as temperaturas dos termómetros registavam 37,5º no dia que estivemos na cidade.
O calor insuportável convidava a bebidas frescas nas esplanadas, e os visitantes tentavam a todo o custo recuperar as energias, refrescando-se nas fontes e bebendo líquidos.... Até a cerveja de pressão saia quente das máquinas, e alguns bares ofereciam pedras de gelo aos clientes para se refrescarem.
Não visitámos tudo o que tínhamos destinado visitar, o calor esgotou-nos rapidamente as energias, e sinceramente as gelatarias e as cervejarias da cidade tornaram-se num destino muito apetecível.... 


Bratislava é a única capital europeia que faz fronteira com dois países, Áustria e Hungria, é dividida pelo rio Danúbio e tem cerca de 450 000 habitantes.




Ruas completamente desertas devido ao calor...




Deixámos o carro junto ao Palácio de Grassalkovich no estacionamento de um centro comercial e saímos para a praça do palácio. Viramos à esquerda com destino ao centro histórico. Atravessar a praça ao meio dia foi uma tarefa heróica, o placard informativo  da praça marcava 37,5º. A praça estava completamente deserta e não se via ninguém nas ruas por onde seguimos... só começamos a ver que não tínhamos chegado a uma cidade deserta, quando nos aproximamos do centro histórico :) 
As fotos do post foram tiradas já no fim do dia, quando a temperatura baixou um pouco....


Hlavné námestie (Praça principal) 


A praça principal da cidade, situa-se na cidade velha e em seu redor podemos visitar praticamente todo o centro histórico.

A fonte mais famosa de Bratislava encontra-se nesta praça. A  Roland Fountain é um dos marcos mais importantes de Bratislava. A sua construção foi ordenada por Maximilian II, o rei da Hungria  em 1572 para fornecer um abastecimento público de água. A fonte é encimado por uma estátua de Maximilian retratado como um cavaleiro. 






Múzeum mesta Bratislavy

Na praça Hlavné námestie podemos visitar também o  o Múzeum mesta Bratislavy. 
Este museu foi inaugurado em 1868 sendo o mais antigo de Bratislava e documenta toda a história da cidade.
















Estátuas 

Uma das atracções de Bratislava, são as estátuas espalhadas pelo centro histórico cada uma representa um personagem ou uma história...




Estátua de um soldado de Napoleão

Na praça principal encontra-se a estátua de um soldado de Napoleão.  A particularidade é que o soldado está encostado a um banco com o rabo virado para a embaixada de França.
Diz o povo que é uma retaliação pelo invasão francesa da Eslováquia.
Napoleão assinou em Bratislava no ano 1805 o tratado que rendeu à França a anexação de diversos territórios após a Batalha de Austerlitz. 







Schöner Náci

Na  esquinas da praça Hlavné námestie com a rua  Rybárska  encontra-se a estátua de Schöne Náci. Retrata uma figura muito popular de Bratislava no século XX. 
Náci era um doente mental que se vestia com roupas velhas de veludo e estava sempre muito aprumado como se fosse uma pessoa rica. Quando passava por uma senhora, tirava o chapéu, beijava-lhe a mão e cumprimentava-a em três idiomas: Eslovaco, húngaro e Alemão.






Cumil

Esta é a estátua mais famosa de Bratislava. É um símbolo da cidade, quase ninguém resiste a levar um postal ou um íman para o frigorífico com a imagem deste operário a espreitar dentro de um buraco. 
Junto à estátua uma placa avisa quem passa " man at work ", talvez também seja uma sátira ao povo Eslovaco, que segundo os Checos guardam em memória da antiga Checoslováquia, não são muito dados a trabalhos em que tenham de despender de muitos esforços ;) sendo assim parece que o operário gosta mais de ver quem passa do que dedicar-se ás suas tarefas...













Teatro Nacional 

Este edifício neo-renascentista na cidade velha é considerado o teatro mais antigo da Eslováquia.











Estatua de Hans Christian Andersen

O escritor da Pequena Sereia ou do patinho Feio, também tem uma estátua na cidade em que está acompanhado pelas personagens dos seus contos! 
Hans Christian Andersen adorava Bratislava e costumava dizer "Para que querem um conto de fadas se já vivem num"
A estátua está localizada em Hviezdoslavovo.














Com o calor que se fazia sentir as pessoas aglomeravam-se junto das fontes para beberem água e refrescarem-se.






Michalská veza (Porta de S.  Miguel) 

É a única porta que resta das 4 entradas da cidade medieval. Esta porta tem uma torre gótica de 51 m encimada por uma estátua do arcanjo Miguel matando um dragão que está na origem do seu nome.

Podemos aceder à torre para ver a vista da cidade, através do  Museu das Armas cuja entrada  se situa junto ao arco.














No túnel da  torre, podemos ver a placa do Ponto Zero de Bratislava. Um circulo dourado cravado no chão com os pontos cardeais e a indicação de distancia para 29 cidades.









Bratislavsky Hrad (Castelo de Bratislava)

O castelo de Bratislava é um conjunto de edifícios que ocupam o topo de uma colina no promontório sul. Deste modo o castelo é visível de quase todos os pontos da cidade, encontrando-se a sofrer obras de restauro.





O Palácio Grassalkovich

O Palácio Grassalkovich, abaixo, é a residência do presidente da Eslováquia.







Igreja da Trindade







Ponte Nova

Esta obra moderna com um um miradouro em forma de disco voador que tem no seu interior um restaurante foi projectada por J. Lacko and A. Tesar.





Na hora de escolher o prato para confortar o estômago, não se esqueça,  quando lhe perguntarem se quer o molho picante, os Eslovacos querem dizer "explosivo" 




Um pormenor do restaurante em que comemos na praça principal. As mesas eram feitas com a parte de baixo de antigas maquinas de costura.
... e se não pensa em dar gorjeta, tire dai o sentido, a conta já tem incluído 10% para o empregado!




Deve visitar também: o Primaciálny Palác (Palácio Primaciálny) 
E a Igreja Azul que fica nos arredores.




Dicas

Como chegar

Tal como referi anteriormente, nós fizemos a viagem de carro, mas se quer chegar à cidade de  transportes públicos pode informar-se Aqui


Cuidados de saúde

 A rede sanitária é razoável. Em todas as maiores cidades há hospitais com médicos que falam inglês. Em cidades menores, aldeias e localidades turísticas há também consultórios e farmácias. É aconselhável fazer um seguro de saúde antes de viajar.


Leis locais e costumes

Se viajar para a Eslováquia, estará sujeito a algumas leis e regras. As pessoas que violam as leis eslovacas podem ser detidas ou penalizadas. De referir que na Eslováquia existe uma lei sobre silêncio noturno entre as 10h00 da noite e as 6h00 da manhã.
Durante a estadia, deve andar sempre com o documento de identidade em lugar adequado e protegido. Se viajar com dois documentos (por exemplo, cartão do cidadão e passaporte), é aconselhável guardá-los separadamente para o caso de perda de algum deles.

É proibido tirar fotografias de objetivos militares ou de estabelecimentos que tenham restrições de segurança.


Números telefónicos de emergência:

- Número de Emergência: 112;
- Polícia: 158;
- Bombeiros: 150;
- Primeiros Socorros: 155;
- Serviço de Estradas: 18123;
- Polícia para Estrangeiros: 0961;
- Números de telefone na República Eslovaca: 1181;
- Números de telefone internacionais: 12149;
- Informações turísticas: 16186.




Clima

Clima continental. O Inverno é frio, com bastante neve e temperaturas abaixo de zero. A Primavera e o Outono são amenos, com temperaturas entre 8º e 15º. O Verão é quente e seco, com temperaturas entre 28º e 32º.
Língua
A língua oficial é o eslovaco. Fala-se também o húngaro (principalmente no sul do país) e o checo. Na grande parte dos estabelecimentos (restaurantes, hotéis, agências) falam-se ainda as línguas inglesa e alemã.
Moeda local / sistema bancário

A moeda oficial é o euro. Em estabelecimentos grandes, são aceites os principais cartões de crédito. Muitas lojas e restaurantes aceitam também o pagamento com cartão de crédito. É possível levantar dinheiro com o cartão de crédito nos terminais ATM.



Vinheta

Se chegar à Eslováquia de carro tem de adquirir uma vinheta para a sua viatura.
Antes de entrar no país encontra várias placas a sinalizarem a aproximação do local de venda da vinheta... Fique atento. No nosso caso que viemos da República Checa, a vinheta encontra-se à venda numa pequena casa de madeira  no meio de um parque de estacionamento num retiro da autoestrada. Aqui pode pagar em K ou em €, não aceitam qualquer tipo de cartão só dinheiro.
Compre a vinheta e preencha-a com a matricula do seu carro depois tem de afixa-la no vidro da frente da viatura. A vinheta com o mínimo de dias que disponibilizam é de" 10 dias" e custa 15,00 € (Julho 2015) . Pode circular livremente pelas auto-estradas do país sem pagar mais nada durante esse período de tempo. 





domingo, 27 de setembro de 2015

Estação Ferroviária de São Bento



Estação Ferroviária de São Bento

Porto







A Estação Ferroviária de São Bento situada na Praça Almeida Garret, foi programada desde a segunda metade do século XIX, a sua construção foi precedida  da abertura de túnel, através da rocha, com termo na escarpa da Batalha. A estação impôs-se na sequência dos trabalhos. Obra indispensável no quadro do desenvolvimento urbano do Porto na viragem do século XIX para o XX, facilitando as ligações entre o centro mercantil de São bento e as áreas fornecedoras de Campanhã, Alfândega e rio Douro, o projecto consistiu na prova final do curso parisiense do arquitecto portuense José Marques da Silva. Os trabalhos de fundação iniciaram-se em  1900, com o lançamento da primeira pedra pelo Rei D. Carlos, mas a execução do novo edificio só teve lugar a partir de 1904, e a inauguração em 1915. 








No átrio destaca-se o revestimento em azulejos de Jorge Colaço, figurando episódios da história Nacional: A Batalha de Arcos de Valdevez, Egas Moniz perante Afonso VII de Castela, a entrada de D. João I no Porto, a conquista de Ceuta e cenas campestres
































No interior, a estrutura da nave da gare de  passageiros, executada em chapas metálicas e ferro fundido tem 80 metros de comprimento, 14 metros de altura e 20 metros de largura, cobrindo cinco cais de mercadorias e oito linhas de gare.
Trata-se de um equipamento de arquitectura civil, ecléctico, de influência francesa, mais assumida nas torres laterais, dentro de um quadro de inspiração classicizante que serviu de modelo a muitas propostas arquitectónicas e decorativas da viragem do século XIX para o século XX.




sábado, 26 de setembro de 2015

Roterdão



Roterdão

O que visitar em 4 horas na cidade de Roterdão





Esta foi mesmo uma visita relâmpago à cidade de Roterdão, mesmo assim não deixo de partilhar aqui a experiência.
Instalados em Amesterdão, resolvemos passar uma tarde a descobrir Roterdão, se é verdade que é muito pouco tempo, também é verdade que ficamos com uma ideia da cidade e prometemos voltar numa outra oportunidade para a conhecer melhor...






Roterdão não é apenas um símbolo da recuperação económica pós-guerra, tem muito mais para oferecer  do que extensões de intermináveis docas e áreas industriais.
Roterdão tornou-se gradualmente num dos mais importantes centros culturais dos Países Baixos, apesar da cidade ter ficado destruída depois da II Guerra Mundial, rapidamente recuperou e tem agora uma das maiores universidades do país, muitos museus interessantes e um grande jardim Zoológico.





Renascendo das cinzas da II Guerra Mundial, Roterdão transformou-se na cidade mais importante e moderna da Europa em termos arquitectónicos. Podemos até dizer que se transformou numa cidade futurista...






 Erasmusbrug
(Ponte de Erasmus)

A esplêndida Erasmusbrug é um dos simbolos de Roterdão.
Foi uma das construções que contribuiu para a cidade receber em 2007 o titulo de Cidade da Arquitectura.
A ponte de 802 metros de comprimento e 139 metros de altura é um projecto da autoria de Ben Van Berkel, pesa cerca de 6800 toneladas. 







Kubus-Paalwoningen

As super excêntricas Casas Cubo foram concebidas por Piet Blom e tornaram-se num ponto obrigatório a visitar na cidade.
A ideia seria criar uma vila à imagem de um bosque. Tal como as árvores dum bosque têm as copas unidas umas ás outras, as casas cubo também se apresentam assim.
A maioria das casas está alugada, mas existe uma destinada a visitas turísticas. 






















Het Potlood (o lápis)

Um bloco de apartamentos com uma forma invulgar perto da Station Blaak, foi concebido por P. Blom.





Station Rotterdam Blaak - A estação central de Roterdão serve o comboio e o metro da cidade. Com uma arquitectura invulgar merece ser visitada.


Markthal Rotterdam - É a meca da arquitectura moderna de Roterdão. 
Mercado Municipal  em forma de grande arco, situado junto da estação central, é um edifício residencial e comercial com interior do arco a servir o mercado coberto da cidade. 



Witte Huis (Casa branca)

Este é um dos poucos edifícios que sobreviveu aos bombardeamentos da II Guerra Mundial.











Willemswerf

O Willemswerf é um dos mais altos e imponentes blocos de apartamentos de Roterdão.
O edifício  concebido por WG Quist  tem uma área bruta  de 37.000 metros quadrados sendo os primeiros quatro níveis, com excepção do hall de entrada, uma garagem com espaço para 400 carros.









Não deve perder ainda:



Euromast
O Euromast foi construído em 1960 pelo arquitecto HA Maaskant . É um dos símbolos de Roterdão, sendo o edifício mais alto da cidade.

Diergaarde Blijdorp - Jardim Zoológico de Roterdão
É o único jardim Zoológico a ser concebido por um único arquitecto. 
Tem um centro de investigação e desempenha um papel importante nos programas de
procriação de algumas espécies em vias de extinção.


Arredores

kinderijk fica sitada a 24 km de Roterdão.
Considerada Património da Humanidade pela UNESCO em 1997, Kinderijk conta com 19 moinhos de vento Holandeses. A entrada no parque  é gratuita. 
Existem passeios de barco (pagos) pelos canais, que são uma excelente opção para visitar o parque, mas pode optar por alugar uma bicicleta no local.
https://www.kinderdijk.nl/


Dicas

Como chegar:

Como referi no inicio, nós fizemos a viagem de carro entre Amesterdão e Roterdão, são 73 km.
Mas se quiser utilizar os transportes públicos, pode calcular as suas rotas aqui: http://9292.nl/en/#

Existem muitos parques de estacionamento pagos no centro de Roterdão o que permite aproveitar melhor o tempo. Por uma tarde pagámos 9,00 € num parque coberto.




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