Parque Nacional da Peneda-Gerês
O Parque Nacional da Peneda-Gerês (PNPG) abrange território de 22
freguesias distribuídas pelos concelhos de Arcos de Valdevez, Melgaço,
Montalegre, Ponte da Barca e Terras de Bouro. Esta Área Protegida forma
um conjunto com o parque natural espanhol da Baixa Limia - serra do
Xurés, constituindo com este, desde 1997, o Parque Transfronteiriço
Gerês-Xurés e a Reserva da Biosfera com o mesmo nome.
No
fundo dos vales, o espaço agrícola retalhado, ora verdejante, ora
acastanhado, reflecte o ritmo das culturas ao longo do ano; subindo as
encostas, surgem as bouças e matos que asseguram a lenha, bem como o
pasto e o material para a cama do gado; nas zonas mais altas
encontram-se as grandes extensões destinadas ao pastoreio extensivo.
Os núcleos populacionais surgem associados às áreas mais aplanadas, com boa exposição solar e próximo das linhas de água.
Para
além disso, as construções erguem-se sobre os afloramentos rochosos,
libertando os solos mais férteis para a actividade agrícola.
O
enriquecimento da paisagem com formas construtivas estendeu-se através
dos muros, levadas, calçadas, pontões, espigueiros, fojos, moinhos,
abrigos de pastor ou alminhas...
Hoje, somam-se à paisagem
milenar grandes planos de água das albufeiras ou elementos lineares como
novas estradas. Uma vez mais, a paisagem constrói-se, não só através da
ocorrência de fenómenos naturais, mas também da forma como as pessoas a
transformam e continuarão a transformar.
O território do Parque Nacional da Peneda-Gerês foi objeto de uma
antiquíssima ocupação humana desde os tempos proto-históricos até aos
nossos dias. Assim, facilmente se descortinam ainda vestígios megalíticos, célticos, romanos e, naturalmente, medievais, atestando a contínua e organizada utilização deste espaço.
Muito
antes de Portugal existir como nação, há pelo menos cinco mil anos, já
nesta região viviam muitos povos e as montanhas abrigavam comunidades
agropastoris, construtoras de grandes monumentos funerários como as
antas (túmulos cobertos formando mamoas) como as que ainda se podem
encontrar nas extensas necrópoles do planalto de Castro Laboreiro, na Portela do Mezio,
nas chãs da serra Amarela ou nos altos frios da Mourela, em Montalegre,
delimitando espaços sagrados e fronteiras que perduraram, por vezes,
até aos nossos dias.
Entre Ambos-os-Rios
É porta de entrada para quem visita o Parque Nacional da Peneda-Gerês.
É de notar a sua beleza natural: montanhas e rios, habitats, fauna e
flora de rara beleza e diversidade e ainda a riqueza cultural como
muros, levadas, calçadas, pontões, espigueiros, moinhos, abrigos de
pastor ou alminhas além das albufeiras.
A Igreja Paroquial de São Miguel, datada dos séculos XVII e XVIII, é uma
construção românica com elementos de estilo rococó na pintura do teto e
na beleza da talha dourada do altar lateral e do retábulo.
Ponte da Barca
Ponte da Barca pertence ao distrito de Viana do Castelo limitada a
norte por de Arcos de Valdevez, a leste pela Espanha, a sul por Terras
de Bouro e Vila Verde e a oeste por Ponte de Lima.
O ponto mais alto do concelho situa-se em plena Serra Amarela, no alto
da Louriça, com 1 359 metros de altitude, na freguesia do Lindoso.
O nome da terra advém da barca que fazia a ligação entre as duas margens do rio, antes de existir a ponte.
Aproximadamente metade do concelho faz parte do território do PNPG
(Parque Nacional do Gerês). Por todo o concelho, os rios e os ribeiros,
as albufeiras, revelam imagens únicas e oferecem a possibilidade de
contacto direto com a natureza.
Ponte medieval
Construída no início do século XV, foi alvo de obras de restauração em
1761 e 1896. Tem dez arcos assentes em fortes pilares com talha-mares.
Os dois arcos centrais pertencem à reforma do século XVIII, os restantes
pertencem à primitiva construção.
Jardim dos poetas
Assim chamado em homenagem aos poetas Diogo Bernardes e Frei Agostinho
da Cruz, filhos da terra e vultos da poesia lírica portuguesa.
Está situado junto ao Rio Lima, próximo do Pelourinho e do Centro Histórico de Ponte da Barca.
Brufe
Para conhecer um pouco melhor Brufe, clique AQUI
Barragem de Vilarinho das Furnas
A 4 Km da sede da freguesia, Campo do Gerês, a aldeia encontra-se agora
submersa nas águas do rio Homem que a barragem contém. Num recanto
praticamente isolado e perdido entre a Serra Amarela, a Norte e Poente, e
a Serra do Gerês, a Sul e Nascente, está ancorada entre o vale do
Ribeiro das Furnas, onde pontuavam ramadas de vinha, a deslizar por uma
encosta granítica, até se alargar em terrenos de aluvião muito férteis,
onde se cultivava o milho, a batata e o feijão.
Caldas do Gerês
As Caldas do Gerês ficam a 20 km de Terras de Bouro no fundo de um
bonito vale atravessado pelo rio Gerês. Localizam-se aqui as Termas do
Gerês, instaladas num bonito edifício recuperado, ficando nas
proximidades o aprazível Parque das Termas. Nos arredores, encontram-se
alguns dos pontos mais bonitos do Parque Nacional da Peneda-Gerês. A
Portela de Leonte, situada a 862 metros de altitude é uma passagem pelo
alto da serra pela estrada que faz a ligação entre as Caldas e a Portela
do Homem. É uma zona de grande beleza natural, com cursos de água e
vegetação cerrada. 10 km a Norte das Caldas, fica a Mata da Albergaria,
uma reserva botânica de enorme beleza que pode ser percorrida a pé, ao
longo da margem esquerda da albufeira de Vilarinho das Furnas.
Para este tipo de aventuras a escolha do material fotográfico a utilizar é muito importante. As câmaras de aventura vieram revolucionar o conceito de
fotografia de férias.
Para mais informações clique nas imagens.
Parque das Termas
Um dos locais mais bonitos para visitarmos é o Parque das Termas, que se situa mesmo no coração da vila das Caldas do Gerês. Um parque que convida a ser percorrido lentamente, para se apreciar a natureza.
Pode aproveitar para fazer um pic-nic num dos parques de merenda, apreciar o magnifico lago, e para quem quiser praticar desporto pode nadar nas piscinas, jogar ténis ou fazer um dos vários circuitos de manutenção com diversos graus de dificuldade.
Um local esplêndido a não perder!
Rio Homem
Nasce na Serra do Gerês e tem um comprimento 37 km, sendo um afluente do Rio Cávado. A sua foz situa-se em Soutelo (Vila Verde).
Portela do Homem
Em Caldas do Gerês, siga pela estrada que parte do centro da vila e o leva à fronteira da Portela do Homem. A Portela do Homem, fica na fronteira com
Espanha. Deixe o carro no parque de estacionamento explore a região.
Deixe o parque de estacionamento e desça a pé alguns metros pela estrada que subiu com o carro, do lado esquerdo vai encontrar a Cascata do Leonte - Cascata do Rio Homem.
Cascata de Leonte - Portela do Homem
A cascata é visível da estrada e faz as delicias dos mais corajosos que saltam dos penedos à sua volta e mergulham nas águas límpidas da lagoa.
Garranos
O garrano é um cavalo luso-galiziano que vive em
liberdade pelo Parque da Peneda-Gerês. É uma raça de cavalos pequena e robusta.
É sempre com agrado e emoção que avistamos estes belos animais que se passeiam livremente...
Mata da Albergaria
Não perca a oportunidade de entrar num trilho junto à Portela do Homem e explorar a Mata da Albergaria, um dos mais importantes
bosques do Parque Nacional da Peneda-Gerês, com um carvalhal secular.
Miradouro da Pedra Bela
Este é um dos locais mais famosos do Gerês. Este miradouro tem uma vista maravilhosa sobre as Montanhas, a confluência do Rio Cávado com o Rio Caldo, a Barragem da Caniçada...
Uma placa de chapa enferrujada, ostenta orgulhosa no miradouro o poema "Pátria" de Miguel Torga, Diário II
Serra!
E qualquer coisa dentro de mim se acalma...
Qualquer coisa profunda e dolorida,
Traída,
Feita de terra
E alma.
Uma paz de falcão na sua altura
A medir as fronteiras:
-Sob a garra dos pés a fraga dura,
E o bicho a picar estrelas verdadeiras...
A agropecuária é a actividade dominante em quase todo o território do
Parque. Uma agricultura de minifúndio assente em culturas cerealíferas
(milho e centeio) e na produção de batata, de feijão e de diversos
produtos hortícolas, complementa-se com a pastorícia, actividade que
constituiu, durante muito tempo, o principal alicerce destas economias
de montanha.
Embora o seu peso tenha vindo a diminuir, as raças
autóctones como a barrosã e a cachena nos bovinos, a cabra-bravia nos
caprinos e a ovelha-bordaleira nos ovinos, são ainda importantes fontes
de rendimento.
Não se admire se tiver de abrandar a marcha para deixar passar uma manada que desce a serra
Dicas:
Como chegar
De carro pode chegar por:
Entre Ambos-os-Rios, vindo de Ponte da Barca, pela EN203
Sezelhe, vindo de Montalegre, pela EN308
Lamas de Mouro, vindo de Melgaço, pela EN 202 e EN202-3
Fafião, Vindo de Salamonde, pla EN103
Mezio, vindo de Arcos de Valdevez, pela EN202
Paradela, vindo de Venda Nova, pela EN308-4
Covide, vindo de Terras de Bouro pela EN307
Rio Caldo, vindo de Amares ou Braga, pela EN 308
Rio Caldo, vindo de Braga ou Vieira do Minho, pela EN304
Onde dormir
A opção foi o Hotel Águas do Gerês
Situa-se no centro da vila de Caldas do Gerês, é um 3* Sup
com quartos confortáveis.
Onde comer
Não vai ter dificuldade em encontrar bons restaurantes no Gerês. A comida típica da região faz parte de praticamente todas as ementas dos restaurantes.
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