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segunda-feira, 21 de março de 2016

Alcácer do Sal



Alcácer do Sal


Contornada pela estrada principal, a cidade antiga de Alcácer do Sal (do árabe al-qasr, que significa castelo) está pacificamente aninhada na margem norte do rio Sado.
O imponente castelo terá sido um castro desde o século VI a.C.
Os Fenícios estabeleceram aqui um porto comercial, e mais tarde o castelo tornou-se numa fortaleza dos Romanos.
Reconstruído pelos Mouros, foi finalmente conquistado por D. Afonso II em 1217.

Recebeu foral em 1218. Em 1220, a região foi instituída Cabeça da Ordem de Santiago. Já no séc. XVI, assistiu a um novo impulso de crescimento comercial, com a grande produção de sal, cuja riqueza foi aplicada na construção de igrejas e palácios, sendo também fundado o convento Carmelita de Aracelli, que ocupará o castelo até 1834.

Em 1495 assistiu à aclamação de D.Manuel I como rei de Portugal e, em 1502, ao nascimento do célebre matemático Pedro Nunes. Saliente-se ainda a importância de Alcácer na sustentação dos Descobrimentos portugueses. A qualidade do pinheiro manso que abundava na região foi tida como especialmente conveniente para algumas peças da construção naval, tendo essa madeira sido largamente utilizada na construção das embarcações.






Ponte Metálica Levadiça de Alcácer do Sal

Foi construída entre 1941 e 1945, substituindo a ponte de madeira existente na altura  que se encontrava em muito mau estado de conservação.

















Barcos de pesca do rio Sado




Aves no estuário do Sado

Uma das maiores zonas húmidas do país, o estuário do Sado é também um dos melhores locais para observação de aves em qualquer época do ano.





quinta-feira, 10 de março de 2016

Santa Susana


Igreja Matriz e cruzeiro

Considerada uma das aldeias mais bonitas do Alentejo, Santa Susana deslumbra os visitantes logo no primeiro olhar, com a sua arquitectura tipicamente alentejana, de casas de rés-do-chão imaculadamente brancas com rodapés e molduras azuis nas janelas.
Esta tranquila aldeia está localizada a 15 km de Alcácer do Sal  e tem apenas 353 habitantes.



Na década de 50 os primos Manuel Louro e Henrique Fernandes contrataram para trabalhar na sua propriedade muitos trabalhadores agrícolas. Esses trabalhadores levaram as suas famílias, e foi necessário construir-lhes casas para os alojar, dando origem à aldeia de santa Susana. 
Ainda hoje muitas casas da aldeia têm pintadas as iniciais dos nomes dos seus fundadores.






Lá em cima  na torre da Igreja Matriz a cegonha olha-nos desconfiada, empoleirada no seu ninho amparada pelo pára-raios, o cata-vento e a cruz.










































Notas

* As festas tradicionais da aldeia realizam-se a 15 de Agosto.

* Todos os anos no Natal se acende um grande madeiro no largo da igreja a 25 de Dezembro  "Madeiro de Natal" que fica a arder até ao Ano Novo.

* Existem dois Restaurantes na aldeia que servem pratos típicos Alentejanos.

* Nas imediações da aldeia encontra-se a Barragem do Pego do Altar de elevado interesse turístico,  para a prática de desportos náuticos e pesca desportiva.






terça-feira, 1 de março de 2016

Ecopista do montado - Montemor-o-Novo



Ecopista do montado 
Montemor-o-Novo



O cheiro do campo invade-nos os sentidos numa paisagem incrivelmente verde e infinita, salpicada de sobreiros e azinheiras....
Aqui conseguimos respirar paz!






Ao longo de 12,87 km  encontramos uma paisagem calma  e tranquila de montado Alentejano, onde o tempo insiste em passar devagar.... um local ideal para uma caminhada em contacto com a natureza longe da agitação da cidade!

A ecopista de Montemor-o-Novo atravessa uma importante área natural "O sítio de Monfurado" que alberga espécies de flora e fauna de interesse comunitário. Esta área é dominada por montado de sobro e azinho e é considerada uma zona de grande importância para a preservação de diversas espécies, incluindo algumas espécies de morcegos.

Os carris do antigo caminho de ferro que ligava Montemor-o-Novo à Torre da Gadanha foram removidos, dando origem à Ecopista do Montado, que tem  inicio na antiga estação da CP da cidade de Montemor-o-Novo, com os primeiros 4 km em pavimento betuminoso e os restantes em terra batida, passando pela povoação e respectivo apeadeiro do Paião  e terminando na estação da Torre da Gadanha.
Ao longo do percurso vamos encontrado flores e frutos silvestres, cavalos e vacas a pastarem, ovelhas, coelhos, raposas, saca-rabos, vários tipos de pássaros e insectos, nunca deixando de deitar o olho ao Castelo de Montemor-o-Novo que lá bem no alto do monte maior nos deslumbra com a sua beleza!

Na chegada à Torre da Gadanha somos brindados por uma "alameda de figueiras", que na época de darem fruto nos convidam a uma paragem para nos deliciar-mos com os seus doces e sumarentos figos, numa "luta renhida" pelos mais maduros com as centenas de pássaros por ali fazem as suas refeições.



































Forno de lenha comunitário no apeadeiro do Paião











Notas

O concelho de Montemor-o-Novo localiza-se no Alto Alentejo e pertence ao  distrito de Évora, ocupando  uma área de 1232,3 km2.
Situa-se a cerca de 120 km de Lisboa. Pode chegar através da A6 ou pela estrada nacional.
A Ecopista do Montado tem inicio na antiga estação da CP  no Largo Machado dos Santos.

Mapa Google



sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

Fornos de carvão vegetal


Fornos de carvão vegetal 
(Alentejo)


Antigamente os fornos de carvão existiam em grande quantidade no Alentejo, hoje em dia é cada vez mais difícil encontra-los em funcionamento, quer por questões ambientais ou por falta de interesse na dura profissão de carvoeiro.





Quando nos aproximamos da propriedade onde funcionam os fornos de carvão em Montemor-o-Novo, a primeira coisa que nos vem à cabeça é que estamos perante uma paisagem africana....





Antes da chegada da Primavera, as azinheiras e os sobreiros são limpos "a esgalha". A lenha resultante dessa tarefe é utilizada para aquecimento nas lareiras ou para fabricar carvão vegetal nos fornos de carvão.
Os fornos são construídos com tijolo ou pedra em forma de "iglo" e são cobertos de terra de boa qualidade.
Enche-se o forno de lenha e fecha-se a porta com tijolos depois de se atear fogo. Um ou dois tubos laterais são as únicas aberturas existentes para o exterior, que funcionam como chaminés permitindo a combustão da lenha.
A madeira no forno vai ser submetida a altas temperaturas durante 3 a 5 dias, dando origem ao carvão.
Depois de aberto o forno, o carvão vai ser partido em pedaços pequenos e embalado em sacos de papel.
O forno fica em arrefecimento cerca de uma semana até receber nova fornada de lenha.





O carvão vegetal tem diversas utilizações, mas a maior parte destina-se a ser utilizado em churrasqueiras.
A qualidade do carvão proveniente do montado Alentejano é excelente, pois as brasas da lenha de sobro e de azinho duram muito mais tempo do que as de qualquer outro tipo de madeira.




mapa google

Os fornos de carvão em Montemor-o-Novo situam-se no seguimento da Rua Jaime Cortesão, nos arredores da cidade.

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