Épernay - na rota do Champagne
Épernay
Uma boa razão para visitar Épernay, é mergulhar nas suas caves e saborear o Champagne!
Esta cidade única, domina a indústria do Champagne e tem o mais alto rendimento per capita da França.
Os imensos campos cobertos de vinhas, transformam esta região numa das mais aprazíveis para passear em França.
Aos
romanos atribui-se o facto de terem plantado as vinhas na região,
embora haja documentos históricos que atestem que a cultura da vinha
vem de muito antes, como do famoso escritor de então Plínio,
que escrevia já dos famosos vinhos e vinhas desta região, e aos
romanos se deve o início da produção dos espumantes em França.
Além
da qualidade, o que deu fama ao Champagne
foi o facto em
Reims,
a cidade mais importante de Champagne, terem sido coroados quase
todos os grandes reis
da França.
A coroação acontecia na catedral
de Notre-Dame de Reims,
construída em 1225,
e nas comemorações era servido Champagne
Este
facto deu-lhe a fama e passou a ser apelidado de " vinho dos
Reis".
Com
o aparecimento de Dom
Pérignon,
que era um monge beneditino da Abadia
de Hautvillers,
em 1670,
houve uma "revolução" na produção do champanhe. A Dom
Pérignon, um estudioso da matéria, deve-se a descoberta dos cinco
principais elementos que em muito contribuíram para o champanhe tal
como ele é hoje:
A
mistura de diferentes vinhos da região, conseguindo que o produto
fique mais harmonioso.
Separação
e prensagem em separado das uvas pretas que predominam em Champagne,
obtendo assim um cristalino sumo de uva.
O
uso de garrafas de vidro mais espesso para melhor permitirem a
pressão da segunda fermentação
em
garrafa.
O
uso da rolha de cortiça, que permitiu substituir o anterior
sistema, pauzinhos de cânhamo embebidos em azeite.
A
escavação de profundas caves,
hoje galerias com vários quilómetros de extensão e usadas, para
permitirem o repouso e envelhecimento do champanhe a uma temperatura
constante.
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Na Avenue de Champagne encontra-se a maioria das Mansões luxuosas de Epernay. Foi uma dessas mansões que fomos visitar! A mansão de Moet & Chandon. Aqui começa a aventura das caves do Chanpagne de Moet & Chandon...
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O
processo de fabrico do champagne é demorado e caro, sendo
praticamente o mesmo de atrás.
Séculos principal alteração no processo foi supostamente
introduzida por Nicole Ponsardin, a viúva de Clicquot (Veuve
Clicquot), que desenvolveu um método para retirar todo o fermento da
garrafa (entretanto, o mais provável é que o método tenha sido
criado pelo seu chefe de adega, segundo o livro "Champanhe -
Como O Mais Sofisticado Dos Vinhos Venceu A Guerra E Os Tempos
Dificeis", de Don e Petie Kladstrup). Antes disso o champanhe
era turvo e com aroma residual de lêvedo. Um champanhe comum
leva pelo menos dois anos para ficar pronto e os especiais até cinco
anos. A casa Moet et Chandon tem
28 km de
túneis onde estão armazenadas milhões de garrafas esperando a
conclusão do processo de fabricação.
Método
champenoise
Esta
é uma forma de processar vinhos espumantes realizando a
segunda fermentação na
própria garrafa. Este é o método utilizado para a produção do
autêntico champagne, também sendo empregado em outros
espumantes de qualidade superior. A invenção deste processo é
outorgada ao monge beneditino Dom
Pérignon.
O
método consiste principalmente numa dupla fermentação do mosto,
primeiro em tanques, e o segundo nas garrafas, em adega, fazendo o
remuage (rotação das garrafas) regularmente.
A
primeira fermentação, chamada fermentação alcoólica é idêntica
à a que sofrem os vinhos comuns(ou seja não efervescentes). O vinho
básico geralmente é vinificado em tanques mas alguns produtores
preferem fazer a vinificação em barris de carvalho.
No
início do ano (que segue a colheita), os vinhos estão prontos para
a mistura (ou corte) em que as proporções podem variar a cada ano
incluindo vinhos de diferentes produtores ou mesmo de safras. Nenhum
outro AOC
na França permite
este tipo de mistura de vinho de diferentes safras.
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Aqui neste tunel, estão armazenadas 20817 garrafas de Moet et Chandon. Parece mentira não é? vejam a seguir... |
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Garrafas em processo de fermentação |
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O processo de fermentação, dura no mínimo 3 anos. Ao longo desse período as garrafas de champagne vão ganhar depósito. Este depósito vai ter de ser retirado... |
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As garrafas, vão ser invertidas, e são viradas diariamente, para o depósito ficar no gargalo. |
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Depósito acumulado no gargalo da garrafa.
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O Dégorgement, é a ultima remoção do depósito de fermento da garrafa. O gargalo é metido numa espécie de salmoura gelada e o bloco gelado que contem o sedimento é retirado. |
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Garrafas de Dom Pérignon em repouso |
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Uma oferta de Napoleão a Jean-Rémy Moet,adquirida em Portugal, em exposição nas caves. |
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Produto Final!... |
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Finalmente chegou o momento de provarmos o verdadeiro néctar dos deuses... |
A visita termina na loja das caves... Aqui já depende da bolsa de cada um, o "souvenir" que pode trazer para casa!
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(Acho que o Dom Perignon fica sempre a sorrir quando nos vê sair com os sacos das compras) |
Não parta de Épernay sem visitar os campos da região.
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A região produtora de champanhe foi delimitada em 1927 e ocupa uma área de 32 mil hectares. |
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Quanto às uvas utilizadas, são três: a chardonnay (em maior proporção), a pinot noir e a pinot meunier. Estas últimas são uvas tintas mas os vinhos utilizados, elaborados sem a casca, são brancos.
O champanhe é um corte (mistura de vinhos em proporções determinada pelos enólogos) de trinta a até cerca de duzentos vinhos brancos. O tradicional é feito com um corte de cerca de 30% de vinhos brancos de uvas tintas, o rosé com corte de vinhos tintos, o blanc de blanc, apenas com uvas brancas e oblanc de noir elaborado apenas com uvas tinto.
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Aqui no meio das vinhas respira-se tranquilidade... |
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Os habitantes são amáveis e estão sempre dispostos a darem-nos explicações sobre as diversas castas e métodos utilizados na cultura das vinhas. |
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As vinhas da Casa Moet & Chandon estão devidamente assinalas!
Para traz ficam 15 dias de mochila às costas pelas belas paisagens da Europa.
Enche-se o depósito, vê-se o óleo e a pressão dos pneus...É hora de regressar!
Breves paragens em Espanha para petiscar e atestar !... finalmente avistamos a placa: PORTUGAL!
... Apesar de adorar viajar, é tão bom regressar a casa!
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