terça-feira, 27 de outubro de 2015

CASTELO DE GUIMARÃES




No século X, após ter enviuvado do conde Hermenegildo 
(ou Mendo) Gonçalves, a Condessa Mumadona Dias assume 
o governo do Condado Portucalense e toma duas medidas de 
grande importância: funda na parte baixa de Guimarães o 
Mosteiro de Santa Maria (por volta do ano de 950) e, na parte 
alta, um castelo, o denominado Castelo de S. Mamede (entre os 
anos de 950 e 957).


A construção deste castelo foi necessária para defender o Mosteiro recém edificado e as populações que entretanto se foram fixando junto a estas duas construções. A construção deste Castelo foi igualmente uma forma de afirmar o seu poder perante os demais senhores feudais. Um diploma que assinala a entrega do Castelo 
de S. Mamede ao Mosteiro de Guimarães em 4 de Dezembro 
de 968, é a primeira referência conhecida a esta fortificação.





A Condessa Mumadona Dias funda em Guimarães, no séc. X, 
duas construções de grande importância, pois vão estar na origem 
da Guimarães que conhecemos hoje: O Mosteiro de Santa Maria e 
o Castelo de S. Mamede, assim designado no Testamento de Mumadona.

 





Tal como o historiador Mário Jorge Barroca refere, o castelo desta época seria muito diferente daquele que conhecemos hoje, pois 
eram obras incipientes, os torreões eram raros e não se conheciam 
as torres de menagem, sendo muitas vezes necessário o recurso à remoção de terras para criar desníveis acentuados.



O castelo foi objecto de inúmeras alterações tendo a sua configuração actual pouco a ver com a sua forma original. De 
facto, com o Conde D. Henrique são realizadas algumas 
reformas e, segundo Mário Barroca, existem vestígios que se sobrepõem da época deste Conde. Mais tarde, nos séc. XIII/XIV 
com D. Dinis foi construída a Torre de menagem e ergueram-se os oito torreões que flanqueiam a muralha do castelo.

 





Outras reformas mais tardias foram levadas a cabo no reinado 
de D. João I sendo aqui definida a sua ultima reforma.

Interessante é também o facto de o Castelo de Guimarães ser o primeiro castelo português a ter registos fotográficos que nos mostram a estrutura tal como se encontrava no séc. XIX. Estas fotografias são da autoria de Frederick William Flower um comerciante inglês que viveu alguns anos no Porto, que foi o pioneiro na utilização da técnica fotográfica.

 






Depois de séculos de abandono e ruína, o Castelo foi objecto 
de um imperativo restauro, levado a cabo na década de 30 do 
século XX, pela DGEMN. O objectivo destas obras de 
beneficiação foi reabilitar o lugar mais emblemático da 
casteologia nacional.

O castelo de Guimarães é Monumento nacional desde 1910 e maravilha de Portugal desde 2007.



IGREJA DE S. MIGUEL DO CASTELO


Situada no Monte Latito, entre o Castelo e o Paço dos Duques de Bragança, encontra-se a Igreja de S. Miguel do Castelo.






A Igreja de S. Miguel do castelo é uma igreja romântica onde, segundo a tradição D. Afonso Henriques foi batizado. Junto á 
pia batismal, encontra-se uma lápide com a seguinte inscrição: "Nesta pia foi bavtizado EL-REY Dom Afonso Henriques pelo Arcebispo S. Geraldo no anno do Senhor 1106".



Trata-se, por isso, de um edifício muito ligado à nacionalidade portuguesa e à sua fundação Sagrada em 1239, foi capela Real e Igreja paroquial na Freguesia de S. Miguel do Castelo até 1870, tendo sido desafectada nesta altura devido ao seu estado de ruína. Em 1875 foi reafectada ao culto e um ano antes reposicionado o antigo arco triunfal, a mando do Prior da Colegiada. No séc. XIX esteve em ruína, tendo sofrido restauros em 1874 e 1936.

Habitualmente não se encontra aberta ao culto, mas por vezes 
nela se realizam celebrações religiosas.



Trata-se de uma estrutura sóbria, pequena, de grande simplicidade decorativa, de cantaria granítica aparelhada, nua; possui uma só 
nave com corpo e capela-mor rectangulares e coberta em madeira, com asnas decoradas; o interior apresenta conjunto notável de lápides tumulares com motivos guerreiros - espada, arco e 
flecha - e religiosos - Cruz de Malta; o portal singelo, o tímpano 
liso e duas fiadas de cachorros ornamentam as suas cornijas. 
Encima esta igreja uma cruz de pedra tribolada; algumas frestas abertas no granito deixam entrar uma ténue luz para o interior.



No seu interior, encontramos uma escultura em madeira 
policromada de S. Miguel, o patrono da igreja e uma escultura representando a Virgem com o menino, em calcário policromado.

A Igreja de S. Miguel do Castelo é Monumento Nacional desde 1910.












Dicas:



HORÁRIOS


Castelo de Guimarães e Igreja de S. Miguel:

Abertos todos os dias das 9.30 h às 18.15 h
Encerra nos seguintes feriados:
1 de Janeiro, Domingo de Páscoa, 1º de Maio e 25 de Dezembro.


PREÇOS

Entrada livre


OUTRAS INFORMAÇÕES


Como chegar:

Coordenadas GPS: 41º26'47'' N; 08º17'28'' O


 às sextas-feiras (estacionamento gratuito).







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