Monsanto
a Aldeia Histórica Monsanto é uma experiência peculiar para quem a visita.
No baluarte, ponto de chegada e de partida à aventura, acede-se à aldeia que aqui se instalou progressivamente a partir do século XV.
A partir deste ponto surgem múltiplas possibilidades: nas imediações a Igreja Matriz; na subida em direcção ao castelo o velho forno da aldeia; pelo encruzilhado das ruas as capelas do Espírito Santo e de Santo António, junto de duas das velhas portas fortificadas das quais retiram o nome; a torre sineira ou de Lucano encimada pelo galo de prata, imagem de marca da portugalidade; as fontes; as casas senhoriais com os seus brasões, entre os quais os Condes de Monsanto (1460), mais tarde elevados a Marqueses de Cascais.
No sopé do monte há motivos de interesse a não esquecer. No lado poente, a Capela de São Pedro de Vir-a-Corça, eremitério que teve feira em tempos medievais; a norte, junto à Relva, o extenso arvoredo da Quinta do Burrinho guarda o último souto da região, junto a um extenso parque repleto de espécies exóticas; em direcção a Levante e a Penha Garcia, situa-se a Ermida de Nossa Senhora da Azenha, lugar da última romaria do ciclo festivo anual da região, em Setembro.
Concederam-lhe foral D. Afonso Henriques, D. Sancho I, D. Sancho II e D. Manuel.
A parte mais antiga está no ponto mais alto, onde os Templários construíram uma cerca com uma torre de menagem. A esta estrutura é mais tarde adicionada uma outra, ritmada por torres, com dois recintos desnivelados. O primeiro inclui uma cisterna e a Igreja de Santa Maria. Na parte baixa, rasga-se a porta principal da cerca. Fora de muros, o povoado primitivo em torno da Capela de S. Miguel, pequeno tesouro da arquitectura românica, é defendido por uma cerca baixa. Sobranceira ao aglomerado, hoje em ruínas, ergue-se a Torre do Pião.
Monsanto não se esgota... Para lá da rudeza da pedra há uma vida própria que se deixa observar.
Memória de um tempo longo que persiste no seu quotidiano....
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