Museu de La Revolucion
A ideia de instalar o Museo de la Revolucion no antigo palácio presidencial do ditador Fulgencio Batista foi claramente simbólica. Com projecto do arquitecto cubano Rodolfo Maruri e do arquitecto belga Paul Belau, o edificio foi inaugurado, por Mário Garcia Menocal, em 1920 e serviu de residência a 21 outros presidentes até 1965.
Possui elementos neoclássicos e decorado pela Tiffany de Nova Iorque. Contém obras dos principais decoradores cubanos do inicio do século XX e de escultores como Juan José Sicre. Esteban Betancourt e Fernando Boada. O museu expõe documentos, fotografias e outros objectos dignos de memória que oferecem uma visão da luta cubana pela independência desde o período colonial, mas incidindo especialmente na Revolução, desde a luta de guerrilha até aos anos 90.
Um museu que nos relata através de várias exposições a luta do povo cubano, onde homens e mulheres lutaram pela liberdade.
A escadaria central
A escadaria monumental que conduz ao primeiro andar ostenta ainda marcas das balas aqui disparadas a 13 de Março de 1957, durante o ataque protagonizado por um grupo de estudantes universitários revolucionários, incumbidos de matar Batista. O ditador conseguiu salvar a vida fugindo pelos andares superiores.
Fotografar as exposições do museu, com os vidros de protecção e muitas janelas dos dois lados das salas é uma missão impossível...
Pátio exterior do museu |
Médico,
fotografo, guerrilheiro, politico, jornalista, escritor. A sua figura
converteu-se num símbolo mundial. Com a sua rebeldia e espírito
incorruptível foi um ícone na luta contra as injustiças sociais.
É impossível pensar em Cuba, sem pensar em...
Comandante Ernesto (Che) Guevara de la Serna
(1928-1967)
Nascido
em Rosário, Argentina a 14 de Julho de 1928, formou-se em medicina em
1953. Em 1954 esteve na Guatemala a defender o governo de Jcobo Arbenz.
Em 1955 conhece Fidel Castro no México, tornando-se o médico da
expedição del Yate Granma.
Durante
a Guerra da Libertação destacou-se pelo seu arrojo, sendo nomeado
comandante a 21 de Julho de 1957. Dirigiu a Batalha de Santa Clara em
1958, uma das acções mais importantes da Guerra da Libertação.
Depois
do triunfo revolucionário participou na reorganização do estado Cubano,
desempenhando vários cargos na sua administração e no seu governo. Em 7
de Fevereiro de 1959 o Conselho de Ministros concedeu-lhe a condição de
cidadania cubana por nascimento.
Representou Cuba em importantes eventos internacionais.
Em 1965 cumpriu uma missão no Congo, lutando pela libertação do seu povo.
Foi assassinado na Bolívia a 9 de Outubro de 1967.
Máquina fotográfica utilizada por Che Guevara durante a Revolução Cubana |
Estátuas de Che Guevara e Camilo Cienfuegos.
Estas estátuas de cera em tamanho natural representam os dois heróis em combate.
No segundo andar do museu, encontra-se a secretária do Presidente, o concelho de ministros e objectos de 1959 até hoje.
O grande pavilhão de vidro e cimento na praça arborizada atrás do museu encerra o iate Granma (que recebeu o nome da avó do seu primeiro proprietário). Foi este o barco que trouxe Fidel Castro e alguns dos seus camaradas do México para Cuba em 1956 para começarem a luta armada contra Batista. Há ainda objectos e veículos relacionados com a invasão da Baía do Porcos (1961), restos de um avião espião americano abatido em 1962 durante a crise dos mísseis e de um camião de distribuição, utilizado pelos revolucionários, no ataque ao palácio em 1957.